Depois de Copacabana, Bolsonaro fará manifestação na Avenida Paulista
Ex-presidente convocará correligionários para manifestação na capital paulista depois de ser acusado no STF de tentar dar um golpe de estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro fará no dia 6 de abril uma nova manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, depois do ato marcado em Copacabana para o dia 16 de março. O evento da capital paulista está marcado para o começo da tarde e deverá ter a presença do pastor Silas Malafaia, que também organiza a manifestação da capital carioca.
As duas demonstrações ocorrem em resposta à denúncia de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de dar um golpe de Estado e pedem anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, quando radicais apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A manifestação do dia 6 de abril deve transitar entre a Rua Pamplona e a Alameda Ministro Rocha Azevedo. Além dos atos, Bolsonaro retomou uma agenda de viagens pelo país, o que ajuda a manter a militância bolsonarista unida.
Para o dia 16 de março, a princípio haveria manifestações em várias capitais brasileiras, mas Bolsonaro e seus aliados preferiram concentrar todas no Rio. A que aconteceria em Belo Horizonte, com o apoio do grupo político do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), foi cancelada.
Em São Paulo, uma manifestação estava sendo organizada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), recentemente cassada por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do estado. No ato do 7 de Setembro passado, quando bolsonaristas foram à Avenida Paulista, ela ficou em um trio elétrico separado, na Rua Frei Caneca, o que irritou a organização — incluindo o ex-presidente Bolsonaro.
As manifestações atravessam um cenário bastante desfavorável ao ex-presidente. Apesar de várias pesquisas eleitorais mostrarem que ele ainda teria condições de fazer páreo com Lula em 2026, além da inelegibilidade, ele enfrenta enormes chances de ser condenado no Supremo.
Neste momento, seus advogados — assim como os de outros acusados — batalham para que Bolsonaro tenha direito a mais prazo para apresentar a defesa e alegam que não tiveram acesso a todas as mídias que instruíram as investigações. O relator dos casos, Alexandre de Moraes, negou os primeiros pedidos da defesa do ex-presidente, que recorreu da decisão. Ela foi acompanhada pelas defesas de outros acusados, como a do general Braga Netto.