Mais de cinco anos após facada, Bolsonaro segue com temor de atentado
Preocupação do ex-presidente acendeu o alerta dentro do PL

Mais de cinco anos após a facada da qual foi alvo, nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro segue preocupado com a possibilidade de sofrer outro atentado, afirmam aliados.
Além do empenho em reunir apoiadores para o ato do próximo dia 25, em São Paulo, o ex-presidente se prepara para dar início a uma maratona de viagens voltadas ao pleito municipal deste ano, alavancando candidaturas por todo o Brasil — e o planejamento do giro já acendeu o alerta dentro do PL, o partido de Bolsonaro.
Segundo Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, a ideia inicial era a de alugar um jato particular para que Bolsonaro percorresse o máximo de cidades por dia na pré-campanha. O temor de um possível atentado, no entanto, fez com que o ex-presidente batesse o pé e decidisse que só vai viajar de avião de carreira.
“Todas as grandes cidades querem a presença dele e, neste ano, temos só 45 dias de campanha. Por isso eu queria fretar um avião, pra poder acelerar. Mas ele já falou que não quer, tem medo de sabotagem. Ele acha que é muito fácil pegar um avião menor e tirar uma peça, por exemplo”, disse Valdemar a VEJA.
De acordo com o cacique do PL, a agenda de Bolsonaro ainda está sendo acertada, mas estados como São Paulo serão prioridade. “São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Suzano, Guarulhos, Campinas, em todas essas cidades ele ganhou a eleição e todo mundo quer ele lá”, afirmou.
Segurança
A preocupação com a segurança tem sido constante na equipe de Bolsonaro, sobretudo no momento em que o ex-presidente intensifica a participação em encontros e eventos públicos.
Em vídeo do ato que reuniu recentemente centenas de pessoas em São Sebastião (assista abaixo), é possível ver o momento em que, cercado por seguranças, Bolsonaro chega ao carro de som para discursar. Do meio da multidão, um aparente admirador tenta encostar no ex-presidente, que rapidamente se esquiva do toque. Mesmo após o fim do mandato, Bolsonaro — assim como todos os ex-presidentes da República — tem direito a quatro servidores encarregados da segurança pessoal e dois veículos oficiais com motorista custeados pela União. A maioria das outras despesas com auxiliares são financiadas, atualmente, pelo PL.
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