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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Legalize, 4:20 e o boom de candidatos ‘maconheiros’ na eleição deste ano

Postulantes a vereador levantam a bandeira da legalização para uso recreativo e medicinal

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 set 2024, 17h11 - Publicado em 10 set 2024, 16h54

Em um vídeo no Instagram, um homem aparece rodeado de vasos de plantas e profere: “Isso é maconha“. É Dário de Moura, candidato a vereador pelo PSOL em Belo Horizonte. O mineiro usa o 4:20 em suas redes sociais, número frequentemente associado à cannabis, e tem a legalização como principal bandeira. Ele não está sozinho. As eleições municipais deste ano tiveram um “boom” de candidatos pró-maconha em todo o país.

Além de defender o uso recreativo, os postulantes propõem a distribuição de medicamentos à base de cannabis pelo SUS e o fim da guerra às drogas e do encarceramento em massa. Na capital paulista, o candidato Rafael Pacheco Alquezar (PSOL), conhecido como “Santo Legaliza”, se apresenta como maconheiro, cultivador, militante e usa o slogan “aperta o verde e sente a brisa”.

Há outros candidatos que fazem referência à planta no nome de urna, como Túlio da Flor (Franca-SP), Brandão Legalize (Rio Preto-SP), Edsinho Tarja Verde (Santo André-SP), Profeta Verde (Atibaia-SP), Onda Verde (Montes Claros-MG) e Gustavo Plant (Mesquita-RJ). Todos integram o “Ganja Coletivo”, um grupo composto por 24 candidatos, além de advogados antiproibicionistas, que busca aumentar a representatividade de usuários de maconha nos espaços de poder do país. Todos os integrantes são da federação PSOL-Rede. 

Nosso objetivo é mudar a atual legislação sobre a cannabis no Brasil e promover sua legalização e regulamentação. Defendemos os direitos de quem faz os diversos usos, entre eles, o adulto, medicinal, terapêutico, alimentício, religioso e espiritual”, diz o site. Os membros do coletivo usam o mesmo número de urna, com o final 420, uma espécie de símbolo da maconha. O código teria surgido em 1971, na cidade americana de San Rafael, na Califórnia, em um grupo de estudantes que se encontravam do lado de fora da escola para conversar e fumar.

O consumo de maconha não é legalizado no Brasil. Porém, em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela descriminalização do porte de até 40 gramas da planta. Alguns estados também avançam na distribuição de medicamentos à base de cannabis pelo SUS, como é o caso de São Paulo.

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