Kassab e Valdemar levam quase metade das prefeituras de SP
Somados, PSD e PL comandarão mais de trezentos municípios paulistas; PT fez apenas três
Rivais no cenário político nacional, os caciques Valdemar Costa Neto, do PL, e Gilberto Kassab, do PSD, confirmaram a hegemonia das respectivas legendas no estado de São Paulo nas eleições deste ano.
O PSD arrematou 203 prefeituras em território paulista, enquanto o PL conquistou 102. Somadas, as siglas deterão, a partir de 2025, praticamente metade do estado, que tem 645 cidades.
Boa parte do saldo positivo de ambos os partidos se deve à debandada do tucanato paulista nos últimos anos, que migrou para o PL e, principalmente, ao PSD de Kassab. O PSDB paulista, que elegeu 180 prefeitos em 2020, tem hoje menos de 30 mandatários em exercício e, com os resultados do último domingo, 6, encolheu para 21 prefeituras.
Atrás do PSD e do PL, o Republicanos do governador Tarcísio de Freitas vem em terceiro lugar, com 80 prefeitos eleitos. Aparecem na sequência o MDB de Baleia Rossi e o PP de Ciro Nogueira, com 63 e 47 prefeituras conquistadas, respectivamente.
Por outro lado, o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve resultado pífio nas urnas. Foram apenas três prefeituras arrematadas em primeiro turno, e em cidades de pequena porte: Lucianópolis, Matão e Santa Lúcia. A legenda disputará ainda o segundo turno em Mauá e Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
Disputa nacional
O clima de disputa entre Valdemar e Kassab esquentou ao longo da campanha. O presidente do PL, que inicialmente tinha a meta de fazer 1.000 prefeituras em todo o Brasil, chegou a dizer que iria “meter ferro” no adversário do PSD nas eleições deste ano.
Fechadas as urnas, constatou-se a vitória acachapante da legenda de Gilberto Kassab sobre as demais agremiações: foram 867 prefeituras conquistadas, contra apenas 503 do PL.
Ao mesmo tempo, o partido de Jair Bolsonaro tem motivos de sobra para comemorar: o PL terá o maior número de candidatos a prefeito entre os 30 que disputarão o segundo turno nas quinze capitais brasileiras que não concluíram as eleições neste domingo (veja a lista completa abaixo).
Dono do maior fundo eleitoral para o pleito deste ano, com cerca de 887 milhões de reais, a sigla de Valdemar Costa Neto já reelegeu JHC, em Maceió, e Tião Bocalom, em Rio Branco, no primeiro turno, e terá nove candidatos em capitais nas urnas no próximo dia 27. Seis deles passaram para o segundo turno em primeiro lugar.
Veja a seguir as disputas nas quinze capitais que terão segundo turno, com o percentual de votos válidos de cada candidato:
Aracaju
Emilia Correa (PL) – 41,62%
Luiz Roberto (PDT) – 23,86%
Belém
Igor Normando (MDB) – 44,89%
Delegado Eder Mauro (PL) – 31,48%
Belo Horizonte
Bruno Engler (PL) – 34,38%
Fuad Noman (PSD) – 26,54%
Campo Grande
Adriane Lopes (PP) – 31,67%
Rose Modesto (União Brasil) – 29,56%
Cuiabá
Abilio Brunini (PL) – 39,61%
Lúdio Cabral (PT) – 28,31%
Curitiba
Eduardo Pimentel (PSD) – 33,51%
Cristina Graeml (PMB) – 31,17%
Goiânia
Fred Rodrigues (PL) – 31,14%
Sandro Mabel (União Brasil) – 27,66%
Fortaleza
André Fernandes (PL) – 40,2%
Evandro Leitão (PT) – 34,33%
João Pessoa
Cicero Lucena (PP) – 49,16%
Marcelo Queiroga (PL) – 21,77%
Manaus
David Almeida (Avante) – 32,16%
Capitão Alberto Neto (PL) – 24,94%
Natal
Paulinho Freire (União Brasil) – 44,08%
Natália Bonavides (PT) – 28,45%
Palmas
Janad Valcari (PL) – 39,22%
Eduardo Siqueira (Podemos) – 32,42%
Porto Alegre
Sebastião Melo (MDB) – 49,72%
Maria do Rosário (PT) – 26,28%
Porto Velho
Mariana Carvalho (União Brasil) – 44,53%
Léo (Podemos) – 25,65%
São Paulo
Ricardo Nunes (MDB) – 29,48%
Guilherme Boulos (PSOL) – 29,07%