Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Jeca, Joca e o misterioso Juca: os apelidos dos alvos de plano de morte

PF atribui dois codinomes criados por militares a Lula e Alckmin, mas tem dúvida sobre alvo apontado como 'eminência parda' do presidente

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2024, 18h20 - Publicado em 19 nov 2024, 17h53

O relatório da Polícia Federal sobre o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que motivou a Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira, 19, mostrou os apelidos dados aos alvos das tentativas de assassinato.

Segundo a PF, Moraes era chamado de “professora”, conforme indica conversa interceptada pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e o coronel Marcelo Câmara, outro militar que assessorava o ex-presidente e é investigado por tentativa de golpe de Estado. Nas mensagens, Câmara informa Cid sobre a agenda de Moraes e as idas e vindas do ministro de São Paulo a Brasília em dezembro de 2022.

“Já no dia 21/12/2022, MAURO CID, utilizando o codinome ‘professora’, para não explicitar o nome do Ministro ALEXANDRE DE MORAES, pergunta para MARCELO CAMARA ‘Por onde anda a Professora?’. MARCELO CAMARA diz: ‘Informação que foi para uma escola em SP’. Ontem’”.

Ainda conforme o relatório, Lula era chamado de “Jeca”, e Alckmin de “Joca”. Os orquestradores do plano homicida acreditavam que a morte de ambos “abalaria toda a chapa vencedora” das eleições presidenciais. A investigação ainda aponta que os organizadores da trama menosprezaram os efeitos de um eventual assassinato do vice-presidente. “Como reflexo da ação, não se espera grande comoção nacional”, diz o trecho destacado sobre a “neutralização” de Alckmin.

Há ainda um outro nome: “Juca”, citado pelos militares como “iminência (o correto é eminência) parda do 01 e das futuras lideranças do futuro gov”. A apuração da PF diz que, na trama golpista, “sua neutralização desarticularia os planos da ‘esquerda mais radical’. “A investigação, no entanto, não obteve elementos para precisar quem seria o alvo da ação violenta planejada pelo grupo criminoso”, afirma a decisão de Moraes baseada no relatório.

Continua após a publicidade

A Operação Contragolpe prendeu preventivamente quatro militares por terem planejado a morte das autoridades. Os detidos foram o general da reserva Mário Fernandes – que atuou na Secretaria-Geral da Presidência sob Jair Bolsonaro e chegou a imprimir o plano nas dependências do Palácio do Planalto – o tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima, os majores Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, que teria vazado informações sobre a segurança de Lula aos golpistas.

Segundo fontes do alto escalão do Poder Judiciário, as novas revelações devem complicar ainda mais a vida de Jair Bolsonaro, pois são elementos que demonstram atos orquestrados para uma tentativa de ruptura democrática promovida por auxiliares próximos e do próprio ex-presidente, que pode ser indiciado por ter participado da elaboração de uma minuta de golpe.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.