Inelegível, rejeitado e mal avaliado: o inferno astral de Marcelo Crivella
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que prefeito do Rio, condenado pelo TRE-RJ, tem a maior rejeição do eleitorado e sua gestão é reprovada por 71%
A maré não está para peixe para o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). Na quinta-feira, 24, ele foi sofreu uma goleada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e, por 7 votos a 0, foi considerado inelegível por conta do uso de funcionários públicos e veículos oficiais em um evento da candidatura de seu filho, Marcelo Hodges Crivella, a deputado federal em 2018. Ele ainda pode tentar reverter a decisão por meio de recursos à Justiça ou obter uma liminar para disputar a prefeitura, mas a condenação judicial provocou um grande desgaste na sua candidatura.
Já o levantamento divulgado nesta sexta-feira, 25, pelo instituto Paraná Pesquisas traz duas más notícias ao prefeito. Uma delas é que ele é o mais rejeitado entre os principais candidatos à prefeitura: nada menos que 70,9% dos moradores do Rio dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Benedita da Silva (PT), a segunda colocada nesse ranking, é rejeitada por 58,2%. Depois, aparecem Eduardo Paes, do DEM, (53,3%) e Martha Rocha, do PDT (45,6%).
A outra má notícia é que sua administração é muito mal avaliada – e isso vem piorando. Seis em cada dez cariocas consideram a sua gestão ruim (12%) ou péssima (48,6%) – estes mesmos percentuais somavam 54% na pesquisa anterior, em agosto. Apenas 2,4% consideram a sua gestão ótima, e outros 11,6% a avaliam como boa. Questionados se aprovam ou desaprovam a administração, 71,4%¨afirmaram que desaprovam – este número era de 65,5% em agosto.
O levantamento também aponta que Crivella está quase 12 pontos atrás de seu principal concorrente, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) – ele tem 13,6% das intenções de voto contra 25,1% de seu oponente (veja os números abaixo). A consulta ao eleitorado foi a primeira que o instituto fez com todos os candidatos definidos oficialmente pelos partidos. A pesquisa ouviu 910 eleitores entre 20 e 24 de setembro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.