Gleisi diz que prisão de Lula foi para ‘tirá-lo da vida pública’
Ministra foi homenageada pela militância do PT durante jantar em restaurante italiano no tradicional bairro de Santa Felicidade, em Curitiba

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi homenageada em um jantar que teve mais de duas mil pessoas na noite desta sexta-feira, 30, na capital paranaense, que é seu reduto eleitoral. Na cerimônia, na qual esteve ao lado de seu companheiro, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a ministra relembrou a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e disse que foi uma tentativa de “tirar” o petista da vida política.
“Foi neste estado que passamos a maior prova política da nossa vida. Quando prenderam Lula, pensaram que iriam tirá-lo da vida pública. Mas foi junto com vocês que resistimos por 580 dias na vigília. Porque acreditávamos numa causa. E Lula dizia: ‘eu sou uma causa, eu sou uma ideia’. E foi por acreditar nessa ideia que conseguimos mostrar a verdade e fazer justiça”, disse Gleisi.
O evento aconteceu no restaurante italiano Madalosso, que fica no bairro de Santa Felicidade. Os convites foram vendidos por adesão, pelo preço da refeição no local, em torno de cem reais. Uma das pessoas que esteve no evento é o presidente da Itaipu Binacional, o economista Enio Verri, que foi nomeado por Lula em fevereiro de 2023 e é um dos quadros históricos do PT do Paraná. Além dele, presidentes partidários e coletivos do PT também compareceram em massa.
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Apesar de ser o reduto de Gleisi, o Paraná não é um estado em que o PT tem boas votações. Nas eleições de 2022, Lula teve pouco mais de 37% dos votos, enquanto seu adversário, Jair Bolsonaro, fez 67%. Ano passado, nas eleições municipais, o PT sequer chegou a lançar candidato a prefeito na capital. Para 2026, um dos nomes que está sendo cogitado nos bastidores para o governo paranaense é o do ex-juiz federal e antigo algoz de Lula, Sergio Moro, hoje senado pelo União Brasil.