Funcionária presa por furtar dinheiro para ir à Europa é solta sob fiança
Flávia Rodrigues ganhava salário mínimo como operadora de caixa, mas publicava fotos na França, Espanha e Fernando de Noronha

A operadora de caixa Flávia Rodrigues, presa por desviar dinheiro do comércio onde trabalhava para bancar viagens ao exterior, foi solta na última sexta-feira, 18, após pagar fiança à Justiça. Ela havia sido detida em flagrante pela Polícia Civil com valores roubados na noite da quarta-feira passada, 16.
Flávia, de 29 anos, trabalhava como operadora de caixa em uma loja de artigos diversos em Itabuna, na Bahia, e recebia salário mínimo pela função, cerca de 1.518 reais por mês. Apesar da baixa remuneração, a jovem publicava fotos frequentes de viagens a destinos turísticos caros ao redor do mundo, incluindo em cidades na França e Espanha e na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco.
A denúncia contra Flávia partiu dos próprios patrões, donos do estabelecimento, que suspeitavam da discrepância entre o salário da operadora e os caros “rolezinhos” no exterior. Além das viagens luxuosas, a jovem também teria comprado um carro avaliado em 150 mil reais e um celular novo de última geração.
Segundo a polícia baiana, os proprietários da loja recuperaram diversas imagens de câmeras de segurança nas quais Flávia aparece chegando para trabalhar com os bolsos vazios e saía com eles cheios. A suspeita ganhou força quando os comerciantes constataram que faltavam valores no caixa do estabelecimento, e os policiais foram chamados para apurar a denúncia. O valor total desviado pela jovem não foi divulgado.
Flávia foi presa em flagrante por furto qualificado com abuso de confiança na semana passada, dentro da loja, com uma grande quantia de dinheiro nos bolsos e em uma bolsa que carregava. Após dois dias na cadeia, ela pagou fiança de dois salários mínimos (pouco mais de 3.000 reais) e vai responder em liberdade. De acordo com os investigadores, a operadora de caixa alega que financiou as viagens com o próprio salário e com o lucro de venda de lingerie, e afirma que irá provar que os valores foram obtidos de forma lícita.