Filha trans de Elon Musk faz estreia como drag queen em Los Angeles
Vivian Wilson participou de show para levantar fundos para imigrantes perseguidos nos EUA

A influenciadora digital Vivian Wilson, filha transgênero do bilionário Elon Musk, fez uma apresentação de estreia como a drag queen Vivlainous em Los Angeles, na Califórnia. O show ocorreu na última sexta-feira, 13, como parte de um evento beneficente para auxiliar imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos.
A performance de Wilson faz parte do musical “SAVE HER”, evento artístico voltado ao ativismo social e ambiental organizado também influenciadora e drag queen Pattie Gonia. Durante a apresentação, Vivian dançou ao som de Wasted Love, música do cantor austríaco JJ premiada na competição Eurovision 2025, e exibiu a bandeira azul, rosa e branca que representa o orgulho de pessoas transexuais, transgênero e travestis.
Ao longo de evento, foram exibidas mensagens no telão de repúdio ao ICE (polícia da imigração nos EUA) e de apoio a imigrantes perseguidos no contexto das novas políticas imigratórias do governo Donald Trump. As frases “F***-se o ICE” e “Ninguém é ilegal em solo roubado” foram projetadas durante as apresentações musicais.
Filha mais velha de Elon Musk e da escritora canadense Justine Wilson, Vivian, de 21 anos, vem atraindo multidões de seguidores nas redes sociais desde que se assumiu como mulher transgênero, em 2020. Em entrevista recente à revista Teen Vogue, a influenciadora relatou que recebeu apoio da mãe quando deu início à transição de gênero, ainda adolescente, mas que foi rechaçada pelo pai, que resistiu a aprovar os tratamentos hormonais para bloqueio de testosterona e reposição de estrogênio da filha.
O próprio Musk, de quem Vivian tem se afastado nos últimos anos, não se manifestou sobre a apresentação musical da filha em Los Angeles. Ex-aliado de Donald Trump, o bilionário dono do X (ex-Twitter) é ferrenho apoiador das políticas antidiversidade e anti-inclusão que vêm se fortalecendo desde que o republicano voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano, e frequentemente utiliza a própria rede social para disseminar ataques preconceituosos à comunidade LGBT, associando a identidade trans a problemas psiquiátricos e alardeando que a “masculinidade” estaria sob ataque nos EUA.