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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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EUA coloca jornalista brasileira na lista do FBI por fraude milionária

Patricia Lélis é acusada de se passar por advogada de imigração e embolsar 3,41 milhões de reais das vítimas

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 16h51 - Publicado em 16 jan 2024, 14h24

A jornalista brasileira Patricia Lélis está no banco dos réus da Justiça dos Estados Unidos e é procurada pela polícia federal do país, o FBI. Ela é acusada de se passar por advogada de imigração e de ficar com 3,41 milhões de reais das vítimas, que a procuraram na esperança de obterem um visto para entrar no território estadunidense.

Nas redes sociais, ela confirmou que é procurada e que coletou documentos das vítimas e diz que se negou a cooperar com uma investigação da polícia federal dos EUA contra brasileiros.

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma nota afirmando que Lélis fingia ser advogada especialista em imigrações, e que pedia dinheiro e documentos das vítimas prometendo obter para elas vistos de entrada nos país. Uma brasileira, cujo nome não foi revelado, diz que pagou 135 mil dólares — equivalente a 661,9 mil reais na cotação atual — para receber um visto da categoria EB-5. Esse tipo de documento autoriza o estrangeiro a ficar permanentemente no território dos EUA. Como condição para obter esse visto, o imigrante precisa provar que está investindo em negócios que farão a economia do país girar.

O caso foi aberto em 2021. De acordo com a nota da Justiça americana, Lélis teria ficado com o dinheiro dessa brasileira e de outras vítimas. Além da apropriação, a denúncia criminal também diz que a jornalista falsificou formulários de imigração e forjou assinaturas para convencer as vítimas de que estava colocando o dinheiro delas em negócios que as ajudariam a obter o visto.

Em um dos casos, Lélis teria ameaçado os pais de uma das vítimas que se negaram a mandar mais dinheiro para ela. A nota do Departamento da Justiça diz que Lélis convenceu conhecidos seus a se passarem por funcionários de um fundo de investimentos no Texas, estado em que ela morava.

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Outro lado

Nas redes sociais, a jornalista fez algumas publicações minimizando o processo a que responde na Justiça dos EUA e dizendo que já deixou o país. Ela afirma que é procurada por ter se negado a cooperar com uma investigação da polícia federal do país contra brasileiros. “Meu crime: peguei documentos de uns norte-americanos safados que me pediram para ser bode expiatório contra os meus e meti o pé. Boa sorte, USA, e contem sempre comigo para estar contra o governo norte-americano”, ironizou a jornalista.

Quem é Patrícia Lélis

A jornalista passou a ficar sob os holofotes quando, em 2016, acusou o deputado federal Marcos Feliciano (PL-SP) de tentar estuprá-la. O caso foi arquivado a pedido do Ministério Público. Segundo a Agência Brasil, a Polícia Civil de São Paulo, que investigava as denúncias da então estudante de jornalismo, a acusou por denúncia caluniosa e extorsão.

Na época, Lélis trabalhava para o PSC, sigla da família Bolsonaro. Ela também diz que foi namorada do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com quem trocou ofensas públicas. Lélis tentou ser deputada federal em 2018, mas não foi eleita.

(Com informações da Agência Brasil)

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