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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Estão preparando o campo para prendê-lo’, diz aliado de Bolsonaro

Alberto Fraga, líder da 'bancada da bala', minimiza o indiciamento, mas diz que uma eventual prisão do ex-presidente pode 'causar turbulência' no país

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 9 Maio 2024, 11h14 - Publicado em 19 mar 2024, 13h02

Amigo pessoal e um dos principais aliados de Jair Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) disse, nesta terça-feira, 19, que o indiciamento do ex-presidente e de outras 16 pessoas por falsificação do cartão de vacinas para a Covid-19 “já era esperado”. Segundo ele, “estão preparando o campo para prender” o ex-presidente, que é alvo de outras investigações, inclusive por tentar um golpe de estado. “Resta saber se a prisão não vai causar turbulência no país”, disse.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. Também foram alvos de indiciamento o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, e sua mulher, Gabriela Santiago Ribeiro Cid; o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, o ex-assessor Max Guilherme Machado de Moura e o major da reserva Ailton Barros, entre outros.

Segundo relatório da PF, “os elementos acostados nos autos evidenciaram que os investigados se associaram com o fim de praticar inserções de dados falsos relacionados à vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde”. Caso seja condenado pelos crimes apontados pela PF, Bolsonaro pode pegar pena de até 13 anos de prisão.

De acordo com a PF, Mauro Cid implicou diretamente o ex-presidente ao relatar em depoimento que Bolsonaro pediu a elaboração de cartões falsos de vacina para ele e a filha, Laura, e que os recebeu em mãos. A informação contrasta com as afirmações prestadas pelo ex-presidente em depoimento. Aos investigadores, Bolsonaro disse que não pediu nem recebeu os cartões falsificados.

PF liga caso dos cartões a golpe de estado

No relatório, a PF também faz uma conexão entre a falsificação de certificados de imunização e o plano de promover um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder depois da derrota para Lula nas eleições de 2022. Na avaliação dos investigadores, o esquema fraudulento “pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para a entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados à nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu em 8 de janeiro de 2023″.

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Alberto Fraga, que é o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara e líder da chamada “bancada da bala”, minimizou as acusações de que Bolsonaro teria articulado para atentar contra a democracia e o estado democrático de Direito. “Golpe tem que ter tanque na rua, armamento. Não é feito com aquelas manifestações desastrosas de 8 de janeiro”, disse. O deputado minimizou também o indiciamento. Segundo ele, trata-se apenas de um “chamamento” para o inquérito, que é a peça que indica que a PF identificou elementos suficientes para apontar responsabilização de alguém pelo cometimento de um crime. “Depois disso o Ministério Público ainda vai decidir se oferece denúncia e a Justiça, se aceita”, disse.

Após os pedidos de indiciamento, o advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, usou as redes sociais para criticar o vazamento do teor do documento. “Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, afirmou.

 

 

 

 

 

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