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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Eleições: a estratégia que Lula usou e que Bolsonaro pode replicar em 2026

Entorno politico do ex-presidente avalia a possibilidade de recorrer à mesma estratégia usada pelo petista em 2018 para disputar as eleições

Por Isabella Alonso Panho Atualizado em 8 Maio 2024, 16h54 - Publicado em 15 jan 2024, 10h09

Nas próximas eleições presidenciais, em 2026, Jair Bolsonaro (PL) pode repetir a estratégia jurídica que foi usada pelo seu principal adversário político, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar a eleição de 2018. Na época, o petista estava preso por causa das condenações que ele teve na Operação Lava Jato, mas registrou a candidatura e fez campanha até ser retirado em definitivo da corrida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O gesto viabilizou uma alta transferência de votos para o seu vice, Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno e foi derrotado por Bolsonaro. O fato de Lula ter permanecido no páreo até poucas semanas antes do primeiro turno fortaleceu a identidade entre ele e seu vice.

Diante da dupla condenação à inelegibilidade, a defesa de Bolsonaro arquiteta uma estratégia de apresentar recursos judiciais para postergar o trânsito em julgado (o fim do prazo de todos os recursos possíveis) das suas condenações. Isso cria uma brecha para que ele concorra à Presidência de novo em 2026, porque o registro de candidatura se torna um processo judicial no TSE, em que o ex-presidente pode argumentar que, como ainda está recorrendo da inelegibilidade, tem direito de concorrer igual os demais candidatos.

Em 2018, Haddad foi para o segundo turno como vice de Lula, que registrou a candidatura 'sub judice' de dentro da prisão
Em 2018, Haddad foi para o segundo turno como vice de Lula, que registrou a candidatura ‘sub judice’ de dentro da prisão (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Aos olhos da lei, a manobra é legítima. O registro de candidatura pode inclusive ser impugnado pelo Ministério Público ou por adversários políticos. A palavra final, que coloca o político definitivamente no páreo, é da Justiça. “Muita gente faz isso, não é um abuso de direito”, explica o advogado eleitoral Alberto Rollo. O advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Henrique Neves também alerta que, “enquanto estiver recorrendo, (Bolsonaro) pode fazer parte da campanha eleitoral, inclusive no rádio e na TV”. 

A manobra facilita que o sucessor de Bolsonaro receba uma boa transferência de votos e tenha maiores chances de ser eleito em 2026, quando Lula também deve disputar a reeleição. No entanto, mira no acirramento da polarização política, que deu o tom das últimas eleições, como mostra reportagem de VEJA na edição desta semana.

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