Eleição presidencial tem 12 candidatos, mas dois são dúvidas: veja a lista
Termina nesta sexta-feira, 5, o prazo para as convenções partidárias; ao menos duas candidaturas serão definidas pela Justiça
A eleição presidencial deste ano tem doze candidatos, um a menos que na disputa de 2018, mas o número pode cair para dez, já que duas candidaturas, embora tenham sido aprovadas nas convenções nacionais, serão objetos de questionamento na Justiça Eleitoral.
A data-limite para registro das candidaturas é dia 15 de agosto. Até lá, ainda pode haver desistências por parte dos partidos que aprovaram suas candidaturas presidenciais. Cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferir ou não o registro.
Um dos candidatos que terá a candidatura judicializada é o coach Pablo Marçal (Pros), que teve o seu nome aprovado em convenção, mas enfrenta a guerra interna do seu partido, que já teve dois presidentes em menos de 24 horas na última semana.
A candidatura de Marçal foi aprovada pela direção comandada por Marcus Holanda, mas durante a semana uma decisão do ministro Jorge Mussi, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devolveu o comando do Pros ao ex-presidente da sigla, Eurípedes Júnior – fundador do partido, ele havia sido afastado do cargo depois que uma decisão da Justiça de Brasília validou uma convenção, em março deste ano, que deu o cargo a Marcus Holanda. Assim que retomou o controle do partido, Eurípedes se reuniu com a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para negociar apoio – ele já esteve coligado com o PT nas eleições de 2014 (com Dilma Rousseff) e 2018 (com Fernando Haddad). Menos de 24 horas depois, no entanto, Holanda conseguiu nova decisão judicial favorável, no mesmo STJ, retomou o controle do partido e bancou a candidatura de Marçal. O grupo de Eurípedes vai recorrer, e a situação segue indefinida.
Outro que lançou a sua candidatura mas terá o registro questionado é o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Ele, tecnicamente, está inelegível porque foi condenado no escândalo do mensalão e ainda não cumpriu o prazo de oito anos de suspensão dos direitos eleitorais após o cumprimento da pena. Mas, como ele recebeu indulto presidencial em 2016, alega que recuperou a condição de poder se candidatar, mas isso certamente terá que ser avaliado pela Justiça Eleitoral.
Veja abaixo quem são os candidatos já confirmados à Presidência da República:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
– Disputa a sua sexta eleição à Presidência da República. Ficou em segundo lugar em 1989, 1994 e 1998 e venceu em 2002 e 2006. Terá o apoio formal de PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL, Solidariedade e Avante. O vice será o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
– Foi eleito em 2018 e vai disputar a reeleição. Terá o apoio formal dos partidos do Centrão (PL, PP e Republicanos), mas ainda pode atrair outras legendas menores. O vice será o ex-ministro e general Walter Braga Netto (PL).
– Disputa a sua quarta eleição presidencial – concorreu antes em 1998, 2002 e 2018 e nunca chegou ao segundo turno. Tem, por ora, só o apoio do PDT e vai reeditar, como há quatro anos, uma chapa puro-sangue: sua vice será a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, anunciada nesta sexta.
– Senadora, já foi prefeita de Três Lagoas (MS) e vice-governadora de Mato Grosso do Sul. Atraiu para a sua aliança o PSDB, o Cidadania e o Podemos. A vice será a também senadora Mara Gabrilli (PSDB).
Soraya Thronicke (União Brasil)
– Senadora por Mato Grosso do Sul, teve a sua candidatura confirmada nesta sexta-feira. O seu vice será o ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, também do União Brasil. O partido tem o maior tempo de TV e o maior caixa eleitoral, mas por enquanto não tem nenhuma aliança.
Luiz Felipe d’Avila (Novo)
– Cientista político, já foi filiado ao PSDB e disputa a sua primeira eleição. Seu vice será o deputado federal Tiago Mitraud, também do Novo.
Vera Lúcia (PSTU)
– Cientista social, já foi candidata a presidente em 2018, quando teve 0,05% dos votos válidos. Sua vice será a indígena Kunã Yporã, também conhecida como Raquel Tremembé.
Leonardo Péricles (Unidade Popular)
– Militante de movimentos sociais de moradia, disputa a primeira eleição presidencial – em 2020 foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte em aliança com o PSOL. O seu vice será Samara Martins, do mesmo partido, o mais novo na corrida presidencial (foi registrado em 2019).
Sofia Manzano (PCB)
Economista e professora, disputa a sua primeira eleição. O vice é o jornalista Antônio Alves, do mesmo partido. Não há coligação com nenhuma outra legenda.
José Maria Eymael (DC)
Ex-deputado federal, ele vai para sua sexta eleição presidencial. Seu melhor desempenho foi em 1998, quando obteve 0,25% dos votos válidos. O seu candidato a vice ainda não foi definido. Não tem aliança com nenhum outro partido.
Quando Bolsonaro deve ser preso para cumprir pena de mais de 27 anos
Flávio Bolsonaro se inclui na disputa pela candidatura à Presidência e divide ainda mais a direita
Banco de Nelson Wilians relatou ao Coaf ‘irritabilidade’ do advogado
Ataque mais rápido do reino animal é registrado em câmera lenta; veja
Mulher de Roberto Justus lamenta que ‘ricos sofrem no Brasil’

