Eduardo ignora danos ao país, apoia punição a Moraes e pede anistia ao pai
Deputado e filho do ex-presidente confessa ser um dos articuladores da reprovável punição ao magistrado e do ataque às instituições brasileiras

Ignorando os prejuízos econômicos e diplomáticos ao Brasil e o reprovável ataque estrangeiro a uma autoridade que está apenas cumprindo o seu papel institucional, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou nesta quarta-feira, 30, a punição aplicada ao ministro Alexandre de Moraes por meio da Lei Magnitsky e voltou a pedir anistia ao próprio pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o parlamentar, que está nos Estados Unidos, apenas a anistia pode “restaurar a paz”. “Chegou a hora do Congresso agir. A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, disse o Zero Três nas suas redes sociais. Desde o começo da escalada dos ataques do governo de Donald Trump, o deputado tem reivindicado a autorida das negociações para convencer o republicado a agir contra autoridades brasileiras.
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde abril, de onde se empenha exclusivamente na articulação de retaliações ao Brasil, como o tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump, a Moraes e outros magistrados do Supremo Tribunal Federal — ao menos oito deles, incluindo Moraes, tiveram seus vistos suspensos pela administração trumpista.
O deputado, que é o mais votado da história do país, com mais de 1,8 milhão de votos em 2018, foi reeleito em 2022 com bem menos votos (741 mil votos), talvez em razão do fraco desempenho dele como parlamentar. Para ir aos Estados Unidos, se licenciou do cargo, mas o afastamento de noventa dias já venceu e ele teria que voltar ao país para exercer o mandato, o que ainda não fez. Se acumular mais de um terço de faltas na sessões ordinárias, ele poderá ter o seu mandato cassado por faltas.