Maquiavel | VEJA

A decisão da Justiça de autorizar a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, causou reação na bancada petista e motivou uma troca de farpas entre a deputada federal Glesi Hoffmann (PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, e o governador de São Paulo João Doria (PSDB), no Twitter.

“A segurança e a vida do presidente Lula estarão em risco sob a polícia de Joāo Doria. Sua transferência para Tremembé 2, sem prerrogativas de ex-presidente, é mais uma violência da farsa judicial a que ele foi submetido”, diz o tuíte de Gleisi.

Doria, então, rebateu a publicação da petista: “Fique tranquila, ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei, Gleisi. Inclusive, o seu companheiro Lula, se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar!”.

A possível transferência de Lula para Tremembé mobilizou, inclusive, a sessão da Câmara dos Deputados desta quarta-feira, 7, que analisa os destaques apresentados à reforma da Previdência. Presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que a decisão do juiz Paulo Eduardo Sorci é “extemporânea”.

Maia também se colocou à disposição da bancada petista para que “o direito do ex-presidente seja garantido”. Líder do partido na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (RS) se queixou, no plenário, da “escalada autoritária” e cobrou um posicionamento do Legislativo e da sociedade brasileira.

Líder do PSL no Senado, o senador Major Olimpio (SP) disse que “não faz a menor diferença” se Lula ficará em Curitiba em São Paulo. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele também cumprimentou “efusivamente” o juiz Paulo Eduardo Sorci. “(A defesa) Achou que ele ia para a boa, vai para uma ‘cana’ mais dura. Parabéns à Justiça brasileira”, afirmou.