Doria diz que não sai do PSDB e que vai para o setor privado
Tucano diz que teve apenas seis anos de vida pública, mas que eles foram intensos

O ex-governador paulista João Doria (PSDB) disse na manhã desta segunda-feira, 13, que não vai sair do PSDB e que irá se dedicar às atividades da iniciativa privada, por meio do conselho do Lide, a entidade empresarial criada por ele. Ele afirmou ter recebido convite do atual presidente do grupo, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, para integrar o órgão da entidade empresarial, junto com o também ex-ministro Henrique Meirelles.. “A partir de agora, retorno à minha vida privada”, disse.
Doria, assim, caminha para se tornar o primeiro governador eleito de São Paulo a deixar o cargo para se dedicar à iniciativa privada – Geraldo Alckmin (PSB) se dedicou à medicina e atividades correlacionadas (participação em programa de TV e aulas em universidade) após perder deixar o cargo de governador e perder a eleição presidencial de 2018, mas nunca anunciou que estava deixando a política, mesmo que temporariamente.
Em café da manhã com jornalistas, Doria disse que tem apenas seis anos de vida pública, mas que eles foram “intensos”. Ele estreou na disputa pela prefeitura da capital paulista em 2016, e depois foi eleito governador do estado em 2018.
Apesar de vencer as prévias presidenciais do partido, em novembro passado, foi preterido pelo partido em favor da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que será a candidata da aliança entre PSDB, MDB e Cidadania. Quando deixou a disputa, Doria atingia até 4% nas pesquisas de intenção de voto – a emedebista agora tem 1% e, em algumas pesquisas, acumula rejeição até maior que a de Doria (esse foi um dos motivos para o partido preterir Doria).