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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Dilma da Dilma’: como Gleisi se saiu na primeira vez que foi ministra

Hoje na presidência do PT e cotada para voltar à Esplanada, deputada comandou a Casa Civil no governo Dilma Rousseff

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 31 jan 2025, 15h22 - Publicado em 31 jan 2025, 08h03

Em entrevista coletiva na quinta-feira 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sem confirmar oficialmente o que já se especulava em Brasília: a possível entrada da deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no primeiro escalão do governo. Após insistência de jornalistas sobre essa questão, Lula disse que Gleisi “tem condição de ser ministra de muitos cargos”, é um quadro “muito refinado” e tem competência “para ser ministra em qualquer país do mundo”.

Gleisi é cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macedo, também do PT. A pasta, da “cozinha” do governo, tem como principal atribuição articular politicamente o governo com a sociedade, sindicatos e movimentos sociais. O objetivo é azeitar o funcionamento do governo.

Se confirmada a nomeação, será a segunda experiência de Gleisi como ministra. Em junho de 2011, Gleisi era senadora eleita pelo Paraná e foi nomeada como titular da Casa Civil, durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Substituiu o então homem-forte do governo, Antonio Palocci, exonerado em meio a denúncias de enriquecimento ilícito. Sentou na cadeira com a árdua função de resolver problemas do governo relacionados ao tripé articulação política, gestão e economia.

Em sua passagem pela pasta, entre 2011 e 2014, Gleisi concentrou as ações do governo, tocou projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e serviu como uma espécie de escudo para que as denúncias de irregularidades das quais outros ministros eram alvo não respingassem na presidente. Foi escalada, por exemplo, para ouvir as explicações dos colegas ministros sobre o conteúdo das denúncias.

Ela, no entanto, também teve de responder sobre o uso de aeronaves pertencentes a uma construtora que tinha contratos com o governo e que financiou sua campanha ao Senado, e sobre o fato de ter recebido verbas rescisórias no valor de 145.000 reais quando foi exonerada da diretoria da hidrelétrica de Itaipu.

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Desde o início, a então ministra foi alvo de críticas não só da oposição, mas também de petistas. O alvo era sua capacidade de articulação política. A principal crítica, no entanto, foi feita por um colega de Esplanada.

O então ministro da Defesa, Nelson Jobim, em meio às críticas que fez ao governo a que pertencia durante uma entrevista, afirmou que Gleisi “nem sequer conhece Brasília”. Jobim foi exonerado logo em seguida, e Gleisi ficou ainda mais empoderada.

Gleisi Hoffmann e Dilma Rousseff durante evento em Campo Mourão, no Paraná
Gleisi Hoffmann e Dilma Rousseff durante evento em Campo Mourão (PR), quando ambas estavam no governo (PR/VEJA)
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A então ministra estava à frente das principais negociações do governo. Era chamada nos corredores de “Dilma da Dilma” — a então presidente da República havia chefiado a Casa Civil no governo Lula — e “dama de ferro”, enquanto Dilma se referia a ela simplesmente como “a Loira”.

No ano de 2013, Dilma fez com que Gleisi ganhasse ainda mais visibilidade. A intenção era fortalecer a ministra para a campanha ao governo do Paraná no ano seguinte. Gleisi deixou o cargo em dezembro daquele ano para concorrer na eleição seguinte. Ao se despedir, disse que superou a “falta de experiência” e deixou projetos em andamento. Na eleição, entretanto, não obteve sucesso. Ficou em segundo lugar, superada por Roberto Requião (MDB).

Se vier a ser confirmada na Secretaria de Governo do terceiro governo Lula, Gleisi terá como uma de suas atribuições a articulação política. Seu escopo, entretanto, será mais restrito que na Casa Civil. Caberá a ela o contato direto com os movimentos sociais, um universo em que ela tem trânsito.

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