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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Desmatamento tem forte queda na Amazônia, mas dispara no Cerrado

Biomas têm, respectivamente, melhor e pior resultado desde 2018 de acordo com monitoramento pelo Inpe

Por Da Redação Atualizado em 8 Maio 2024, 17h06 - Publicado em 5 jan 2024, 15h35

Encerrado o primeiro ano do terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil teve marcas opostas em relação à proteção ambiental. Em 2023, a Amazônia registrou a menor área sob alerta de desmatamento dos últimos cinco anos, enquanto o Cerrado teve o maior índice de depredação observado no mesmo período, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira, 5.

Os resultados divulgados hoje referem-se aos alertas emitidos pelo Deter, sistema de monitoramento via satélite do Inpe que mede alterações na cobertura verde do território brasileiro. Os números indicam que a área total sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal — que inclui os sete estados da região Norte, o Mato Grosso e uma parte do Maranhão — totalizou 5.152 quilômetros quadrados em 2023, o equivalente a uma queda de 50% em relação aos registros do ano anterior, e o menor verificado desde 2018, quando atingiu 4.951 quilômetros quadrados de floresta.

Já o Cerrado, bioma que se estende por quase dois milhões de quilômetros quadrados em dez estados, teve a maior proporção de seu território sob alerta de desmatamento desde o início das observações do Deter. Entre 2022 e 2023, a depredação registrou uma alta de 43% e alcançou uma área de 7.828 quilômetros quadrados, a maior desde o início da série histórica, em 2018.

Tendência de alta

Desde 2020, os números de desmatamento no Cerrado vêm registrando aumento nas medições do Deter — naquele ano, a área total sob alerta foi a menor da série histórica, equivalente a 4.400 quilômetros quadrados. Os avisos de degradação cresceram para 4.527 quilômetros quadrados no ano seguinte e 5.463 quilômetros quadrados em 2022, o maior resultado antes do recorde do ano passado.

Os alertas do Deter não correspondem à área exata desmatada, mas servem para detectar mudanças quase imediatas na cobertura florestal do solo e contribuem para ações de fiscalização mais ágeis. Os dados consolidados de desmatamento, tanto na Amazônia quanto no Cerrado, são calculados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema do Inpe que produz relatórios mais demorados mas mais confiáveis sobre as taxas de destruição ambiental no Brasil.

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