Deputado quer criar ‘Dia dos Legendários’ em São Paulo
Projeto de lei apresentado nesta quarta, 2, na Assembleia Legislativa de São Paulo, quer homenagear grupo que 'traz de volta o herói caçador'

O deputado estadual Paulo Correa Jr. (PSD) apresentou nesta quarta-feira, 2, um projeto de lei com o objetivo de criar, no estado de São Paulo, uma data comemorativa para homenagear o grupo “Legendários”, experiência que mistura religião com debates sobre masculinidade e divide opiniões nas redes sociais. Segundo a justificativa apresentada pelo parlamentar, um dos maiores méritos do grupo, que justificaria a homenagem, é que ele trabalha para “trazer de volta o herói caçador para cada família”.
Com inscrições que podem passar de 80.000 reais, o “Legendários” é uma espécie de experiência imersiva religiosa voltada para homens. Famosos como o ex-BBB Eliezer e o coach Pablo Marçal já estiveram em expedições do grupo, que usa roupas alaranjadas e passa dias em ambientes de natureza, sem conexão com a internet. Uma das atividades mais comuns que eles fazem é subir montanhas, que tem um certo simbolismo religioso. Nas redes sociais, o “Legendários” se define como um “movimento que leva os homens a uma transformação, encontrando sua melhor versão e um novo potencial”.
A data escolhida pelo deputado é o dia 13 de abril, quando houve a primeira atividade do grupo em São Paulo. “Legendários é um movimento que procura a transformação dos homens, famílias e comunidade através de experiências que levam aos homens a encontrar a melhor versão de si mesmo e obter um novo potencial. Trazer de volta o herói caçador para cada família, é um ‘statement’ que temos como legendários que tem levado a formar homens inquebrantáveis diante do pecado, porém quebrantados diante de Deus”, diz a justificativa do projeto.
Apesar da irreverência, o projeto não é inédito. Outros estados, como Mato Grosso e Espírito Santo, já criaram datas comemorativas para homenagear o grupo.
No último sábado, 28, um homem de 40 anos morreu durante uma trilha do grupo na cidade de Rondonópolis, no interior do Mato Grosso. Rodrigo Nunes de Oliveira teve uma convulsão e não resistiu.