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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Deputado aciona a PGR para investigar atuação de robôs pró-Lula nas redes

Caso foi revelado por VEJA a partir de pesquisa que mostrou ação massiva de perfis que buscavam, inclusive, atacar rivais como Tarcísio de Freitas

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 set 2025, 16h36

O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), vice-líder da oposição, acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir uma investigação a respeito da provável atuação de uma milícia digital a favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. O caso foi revelado por VEJA a partir de uma pesquisa que mostrou a ação massiva de perfis que publicam conteúdos favoráveis ao presidente — e contrários a adversários, como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O ofício enviado pelo parlamentar ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que o uso de perfis automatizados com o propósito de manipular o debate público, de amplificar artificialmente postagens em benefício de um agente público e de atacar adversários possivelmente representa violações à legislação penal e eleitoral.

Do ponto de vista penal, aponta Sanderson, as práticas podem se enquadrar em ao menos três crimes: associação criminosa (caso seja comprovada a existência de organização de tarefas para a “prática sistemática de crime contra a honra ou a fé pública”); falsidade ideológica ( sehouver manipulação de perfis falsos com identificação simulada de pessoas reais);  e calúnia, difamação ou injúria  caso comprovados os ataques a adversários políticos com imputações falsas ou ofensivas à dignidade).

“A Constituição Federal assegura a liberdade de manifestação do pensamento e de expressão. No entanto, tais garantias não são absolutas, devendo conviver harmonicamente com outros princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e, especialmente, a lisura e isonomia dos processos eleitorais”, diz o ofício.

Já do ponto de vista eleitoral, o deputado aponta que as Lei das Eleições, que trata do uso indevido de meios de comunicação para fins eleitorais, proíbe práticas de impulsionamento oculto, de conteúdo falso e de perfis inautênticos. “A eventual utilização de estrutura financiada ou institucional para manipulação de redes sociais pode caracterizar abuso de poder político e econômico, sujeitando os envolvidos à perda do mandato eletivo ou inelegibilidade”, afirma

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Além disso, sustenta o pedido de investigação, o uso de automação e robôs para amplificar artificialmente conteúdo pode violar o Marco Civil da Internet. especialmente no que se refere à garantia da transparência, da autenticidade e da responsabilização pelo conteúdo disseminado em rede. “O uso de redes sociais para simular apoio político, influenciar artificialmente a opinião pública, desinformar e atacar reputações não apenas afeta a higidez do debate democrático, como compromete a igualdade de condições entre candidatos, além de configurar afronta direta à boa-fé objetiva nas interações digitais”.

Pedido de investigação

Com base nos pontos levantados, Sanderson pede que a PGR abra uma “investigação minuciosa e urgente” para verificar a existência de estrutura organizada para manipulação digital de conteúdo político e apurar a possível utilização de verbas públicas, financiamento irregular ou utilização de estruturas partidárias ou governamentais para alimentar tais práticas.

O ofício também solicita que sejam requisitados dados técnicos das plataformas digitais, além de registros e metadados dos perfis mais ativos citados no estudo, incluindo informações de IP, logs de acesso, geolocalização e eventual uso de automação (bots).

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Por fim, o deputado também defende que a investigação avalie a existência de conexão entre agentes públicos, políticos ou partidos com a operação dessas redes artificiais.

A pesquisa

Um levantamento feito para analisar a reputação dos presidenciáveis brasileiros nas redes sociais apontou a alta possibilidade da atuação de robôs e outros perfis suspeitos a favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ambiente digital — e, simultaneamente, contra nomes da oposição, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A pesquisa foi realizada com a ferramenta Brandwatch, que faz o monitoramento de plataformas com o uso de inteligência artificial para interpretar e analisar conversas online. O período de coleta foi de 1º de julho a 2 de setembro deste ano.

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O relatório apontou que, no período, o nome do presidente Lula foi citado em mais de 8,7 milhões de postagens, o que representa um volume quase sete vezes superior ao registrado para o segundo presidenciável mais mencionado, o Tarcísio de Freitas, que teve cerca de 1,2 milhão de menções.

Outro ponto verificado foi o volume de menções que cada presidenciável tinha nas redes. Tomando os 25 publicadores mais ativos, o perfil mais ativo (@tvcidooficial, no X) publicou, no período, 13.754 vezes sobre Lula — uma média de 214 menções por dia –, chegando em alguns dias a ultrapassar mil publicações. Entre as palavras mais utilizadas pelos perfis que mais falaram sobre Lula, estão termos como “Brasil”, “soberano”, “guerreiro”, “congresso”, “Bolsonaro preso”, “Lula é o povo”, entre outros.

Esses perfis, em apoio a Lula, aponta a pesquisa, buscam associar Tarcísio, seu principal adversário, a termos como corrupção, o PCC (o Primeiro Comando da Capital, que é alvo de megaoperação deflagrada pelo Ministério Público do estado), e ao próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

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