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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

De volta ao passado: PSDB caminha para dois retrocessos em sua história

Se for vice do MDB na eleição presidencial, o partido viverá uma situação que vai contra a sua trajetória

Por Redação Atualizado em 24 Maio 2022, 15h17 - Publicado em 24 Maio 2022, 15h16

Com a desistência do ex-governador paulista João Doria de disputar a eleição para presidente da República após constatar que não teria apoio no PSDB, o partido se encaminha para uma situação na atual corrida eleitoral que poderá comportar dois ineditismos.

O primeiro é que pode ser a primeira eleição desde a redemocratização do país – e desde a fundação do partido, em 1988 – que o PSDB não terá candidato a presidente da República. Os tucanos já venceram duas disputas, ambas com Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998.

Antes da era FHC, em 1989, na primeira eleição direta após o fim da ditadura militar, o partido tentou a Presidência com o ex-governador Mário Covas, um dos fundadores e um dos nomes históricos da legenda – ele chegou em quarto lugar, atrás de Fernando Collor (PRN), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Leonel Brizola (PDT).

Depois, o PSDB disputou e perdeu mais cinco eleições presidenciais: 2002 (José Serra), 2006 (Geraldo Alckmin), 2010 (de novo Serra), 2014 (Aécio Neves) e 2018 (de novo Alckmin).

Outro ineditismo para o qual os tucanos se encaminham na disputa presidencial é ser vice do MDB, partido do qual o PSDB nasceu em meio a uma insurgência de políticos identificados com a social-democracia europeia e com a ética na política, como Covas, FHC e Franco Montoro, contra o quercismo, corrente política que dominava a legenda e que tinha como líder o então governador de São Paulo, Orestes Quércia.

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Desde então, as duas legendas só compuseram uma única vez uma chapa presidencial, em 2002, quando a deputada Rita Camata (PMDB-ES) foi vice de Serra. O então PMDB, antecessor do MDB, também deu apoio informal a FHC em 1998, mas sem se coligar.

Jose Serra (PSDB) e Rita Camata (PMDB) durante coletiva de imprensa na campanha presidêncial de 2002 -
José Serra, candidato do PSDB à Presidência, com Rita Camata, do PMDB, como vice, em 2002: única vez que os dois partidos fizeram chapa na eleição presidencial – Foto Claudio RossiI (Claudio Rossi/Dedoc)

Depois, o MDB trocaria de lado e indicaria o deputado Michel Temer para ser vice de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2010 e 2014 – com a cassação da petista em 2016, o MDB voltou a ocupar a Presidência da República pela terceira vez: já havia chegado lá com José Sarney e com Itamar Franco.

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Em 2018, tanto MDB (Henrique Meirelles) quanto PSDB (Alckmin) lançaram candidatos a presidente. O resultado foi decepcionante: Meirelles teve 1,20% dos votos válidos e o tucano, 4,76%, no pior desempenho de um presidenciável na história do PSDB.

 

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