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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Crítico do governo, Ciro se cala sobre escândalo em ministério do PDT

Presidente do INSS foi demitido após revelação de desvios em aposentadorias e pensões; ministro da Previdência é Carlos Lupi, cacique licenciado do partido

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 abr 2025, 13h42 - Publicado em 25 abr 2025, 12h53

Crítico contumaz do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes (PDT) ainda não se manifestou publicamente sobre o escândalo envolvendo desvios em aposentadorias e pensões do INSS. A autarquia é subordinada ao Ministério da Previdência Social, que, por sua vez é comandado por Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT e aliado de primeira hora do ex-governador do Ceará.

Em postagens recentes, Ciro bradou contra o endividamento de 80% das famílias brasileiras e o crédito consignado com garantia do FGTS, novidade anunciada como boa notícia pelo governo. “Um verdadeiro assalto ao povo. Isso é a cara do PT”, publicou, assinalando que a nova modalidade de empréstimo beneficia apenas os bancos e compromete o futuro da população. Sobre os descontos irregulares subtraídos de benefícios sociais que vieram à tona nesta semana, no entanto, nada.

Na última quarta-feira, 23, a Polícia Federal deflagrou uma megaoperação para investigar um esquema que drenou cerca de 6,3 bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024. Os descontos eram feitos a título de valores associativos, que são contribuições legítimas pagas a entidades e sindicatos que representam beneficiários da Previdência. A ilegalidade se deu porque as subtrações foram feitas sem a ciência e autorização dos segurados.

A eclosão do escândalo levou à demissão, no mesmo dia, do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, do governo Lula. O ministro Carlos Lupi se manifestou dizendo ser de sua “responsabilidade” a indicação de Stefanutto, elogiou o trabalho que vinha sendo pelo auxiliar e defendeu a continuidade das investigações.

“O doutor Stefanuto é procurador da República, um servidor que até o presente momento tem me dado todas as demonstrações de que é exemplar, fez parte do grupo de transição do governo anterior para esse. Vamos, agora, no processo, que corre em segredo de Justiça, esperar as investigações, que estão em curso”, disse Lupi durante coletiva.

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O episódio gerou tensão entre Lupi e Lula. Mais cedo na quarta, 23, o petista já havia determinado, além do afastamento anunciado inicialmente, que o ministro demitisse o presidente do INSS, algo que não foi feito durante a coletiva concedida por Lupi. Coube ao Planalto, então, confirmar a demissão de Stefanutto do posto.

Governo vai devolver valores

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Na quinta-feira, 24, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, disse que o governo garantirá que os descontos indevidos sejam devolvidos para os beneficiários.

Segundo Carvalho, os descontos irregulares deste mês serão devolvidos já na próxima folha de pagamento, porque ficarão retidos e não chegarão a ir para as associações que eram titulares das mensalidades. Os valores descontados antes disso também serão restituídos, mas não há prazo.

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O episódio também foi usado pela oposição a Lula no Congresso para atacar o governo. Deputados e senadores postaram críticas ao esquema de corrupção e apontaram falhas da gestão Lula, lembrando de escândalos de corrupção de governos anteriores do PT e sugerindo que o partido não aprendeu nada com os erros do passado.

Os oposicionistas ignoraram, no entanto, o fato de as irregularidades detectadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal terem começado em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, e seguiram até 2024, segundo ano do governo Lula.

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