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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Racha no PSDB pode fazer João Doria desistir de disputar a presidência

O governador pode anunciar nesta quinta, 31, que irá permanecer no Palácio dos Bandeirantes, cumprindo até o final seu mandato

Por Redação Atualizado em 31 mar 2022, 01h11 - Publicado em 31 mar 2022, 00h21

Parte da cúpula de apoiadores de João Doria no PSDB paulista está mobilizada na noite desta quarta, 30, com o objetivo de tentar reverter uma decisão que parece certa e que afeta a eleição presidencial e a disputa do governo paulista. A crise é gerada pela surpreendente intenção de Doria de abrir mão da disputa presidencial. O movimento pegou todos de surpresa e ocorre justamente às vésperas da cerimônia agendada para amanhã, quinta, 31, no Palácio dos Bandeirantes, na qual Doria iria se despedir do cargo para iniciar a campanha presidencial. O vice Rodrigo Garcia assumiria o comando do estado, peça essencial na sua estratégia de campanha para suceder Doria no cargo. Agora, caso não seja revertida nas próximas horas, a intenção de Doria é continuar até o fim do mandato no Palácio dos Bandeirantes, apoiando de lá a campanha de Garcia.

Em um jantar ocorrido na noite desta quarta na casa do empresário Marcos Arbaitman (por sinal, o evento foi organizado como parte das despedidas de Doria do governo), uma das ausências mais notadas foi a de Rodrigo Garcia. No encontro, Doria reclamou muito do PSDB. Ele venceu as prévias presidenciais do partido, mas agora se sente traído: enfrenta uma tentativa de golpe arquitetado pelo grupo do deputado federal Aécio Neves para alijá-lo da disputa. Usando como argumentos os baixos índices de intenção de votos de Doria nas pesquisas e o alto índice de rejeição do governador, Aécio articula para tirar Doria do páreo. Nessa hipótese, o nome preferido para concorrer pelo PSDB seria o do governador gaúcho Eduardo Leite — como cabeça de chapa de uma coligação envolvendo PSDB, MDB e União Brasil ou vice de um nome escolhido pelo acordo entre os três partidos.

Além das dificuldades políticas, a campanha do governador sofreu uma baixa importante na semana passada, com a desistência do marqueteiro Guillermo Raffo de cuidar da candidatura. A possibilidade de Doria continuar no Palácio dos Bandeirantes terá impacto na composição da chamada terceira via da disputa presidencial e deve gerar uma crise grande local com o grupo de Rodrigo Garcia. A campanha do vice tem como um dos pilares aumentar a taxa de conhecimento do político junto à população paulista, ao mesmo tempo em que vai tentar descolar a imagem dele da do governador, de forma a driblar o problema da rejeição de Doria.

No caso de permanência de Doria no Palácio dos Bandeirantes, cria-se a inevitável suspeita de que ele pode tentar ainda a reeleição no estado. Seria uma traição a Garcia e também uma negação do discurso que Doria repetiu publicamente inúmeras vezes, a de que era contra a reeleição. A movimentação nas últimas horas dos tucanos paulistas é para tentar reverter a possibilidade de Doria abrir mão da disputa da presidência e o interlocutor mais procurado neste momento de emergência é o publicitário Raul Doria, irmão do governador.

 

 

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