Citada em delação, Michelle Bolsonaro reage a Cid: ‘Perturbação mental’
Tenente-coronel disse que ex-primeira-dama ‘quase pirou’ quando viu sua mudança sair do Palácio do Alvorada

A ex-primeira-dama falou nesta sexta-feira 21 sobre as citações que dizem respeito a ela na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro disse que Michelle estava “em pânico” e “quase surtou” quando viu sua mudança sair do Palácio do Alvorada. Segundo a delação, a partir desse episódio, ela passou a pressionar o então presidente para “fazer alguma coisa”, que revertesse o fim de seu mandato – confira o vídeo da delação de Cid sobre Michelle Bolsonaro.
Abordada por jornalistas no 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a ex-primeira-dama foi questionada sobre a afirmação de Cid. “Isso é um momento de perturbação mental”, disse. Questionada se não teria, de fato, pedido por um golpe de Estado, sugeriu que não teria “a cara” de quem trabalha por uma insurreição. “Por favor. Olhe para a minha cara”, respondeu aos repórteres.
🚨URGENTE – Michelle Bolsonaro diz que Mauro Cid teve momento de “perturbação mental” por ter citado ela na delação
“Isso aí é momentos de perturbação mental (…) Olha para minha cara né” pic.twitter.com/hV7zolSKwk
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) February 21, 2025
A ex-primeira-dama ainda falou sobre a sua perspectiva em relação à denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro nesta semana. “(Estou) zero apreensiva. Cem por cento confiante em Deus porque o meu marido está sofrendo uma perseguição”, afirmou. Ela disse ainda que “não tem nenhuma prova” contra Bolsonaro. “A verdade prevalecerá sempre. Não temos o que temer”, reforçou Michelle.
O que disse Cid
Em depoimento à PF, Cid disse que Michelle Bolsonaro aderiu a um grupo que pedia por um golpe de Estado. Além da ex-primeira-dama, o filho do ex-presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também ia ao Palácio do Alvorada instigar Jair Bolsonaro para tentar reverter a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
O “grupo mais radical”, citado por Cid, também era composto pelos ex-ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Gilson Machado (Turismo), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), além do general do Exército Mario Fernandes.