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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Chacina, criança morta e jovens baleados pressionam governo do PT no Ceará

Tiroteios deixam quatorze assassinados e vários feridos, a maioria jovens e crianças; "Vamos caçar até prender", afirma o governador Elmano de Freitas (PT)

Por Victoria Bechara Atualizado em 25 jun 2024, 14h01 - Publicado em 25 jun 2024, 13h50

Em meio à crise de segurança pública que atingiu o Ceará nos últimos dias, o governador Elmano de Freitas (PT) anunciou uma série de medidas para conter a violência, incluindo o aumento de efetivo policial e o reforço das ações em áreas com índices de criminalidade maiores.

A reação do governo veio após uma sequência de quatro ataques a tiros no estado, resultado do confronto entre facções criminosas que disputam território para tráfico de drogas, segundo autoridades locais. Entre quinta-feira, 20, e domingo, 23, catorze pessoas foram assassinadas e nove feridas, incluindo crianças e adolescentes. 

O governador anunciou a contratação a convocação de 2.700 profissionais de segurança, entre policiais militares, civis e peritos forenses. Parte deles já foi aprovada em concurso público e esperava o chamamento. Outra parcela ainda aguarda a realização de exames para que possa ser convocada. Segundo a administração estadual, eles serão empossados no dia 1º de julho.

“Realizamos reuniões durante todo o final de semana para discutir novas ações e analisar o cenário do estado. As posses e convocações são muito importantes para continuarmos o reforço para as forças de segurança. Iremos até o fim no enfrentamento aos grupos criminosos do Ceará”, declarou Elmano. 

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A administração estadual também informou que vai enviar mais recursos financeiros para operações. A medida vai garantir a atuação de 1.300 profissionais de segurança que estariam de folga, aumentando em 20% o número de policiais atuando no estado. Uma ação de reforço especializado, com 61 equipes das forças de segurança do Ceará, vai atuar nas áreas mais violentas de Fortaleza e região metropolitana. “Todo aquele que cometer homicídio no Ceará, nós vamos caçar até prender”, afirmou o governador.

A onda de criminalidade

Na quinta-feira, 20, uma chacina em uma praça da cidade de Viçosa do Ceará, no interior do estado, deixou oito mortos. As vítimas tinham entre 16 e 26 anos. Na noite da sexta-feira 21, um entregador e um cliente foram mortos a tiros em uma pizzaria no bairro de Mondubim, em Fortaleza.

No mesmo dia, oito crianças e adolescentes foram baleados no Barroso, na capital. Um menino de dez anos e uma mulher de 48 morreram. Um homem e um adolescente foram detidos sob suspeita de participação no crime. O último caso aconteceu no domingo, 23. Um ataque a tiros deixou dois homens mortos e um ferido em uma via pública na área rural de Morrinhos, região litorânea do estado.

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Como VEJA mostrou, o avanço das facções criminosas no Ceará provocou a troca do secretário de Segurança Pública. No início de junho, Elmano nomeou para o cargo Roberto Sá, que comandava a segurança do Rio de Janeiro quando foi anunciada a intervenção federal do governo Michel Temer, em 2018. O estado é o terceiro mais violento do país, conforme dados do Ministério da Justiça do primeiro quadrimestre deste ano. Foram 1.106 homicídios — um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Parceria com o governo Lula

Na sexta-feira, 21, após a primeira reunião do comitê estratégico de segurança, Elmano informou que vai investir no fortalecimento da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e na ampliação imediata do Setor de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.

Ele também informou que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto em uma reunião com governadores do Nordeste. “Os governadores do Nordeste estiveram reunidos com o presidente Lula na quinta-feira, 20, e demonstraram as suas preocupações com a segurança pública. Ouvimos do presidente que ele irá se reunir com o seu ministério para reunir governadores e estabelecer um plano comum para a segurança do país. Considero isso um marco para o Brasil”, disse.

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