Carla Zambelli se envolve em confusão durante debate no Ceará
Candidato a vereador em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, acusa de agressão a parlamentar e o marido, que é concorrente a prefeito -- o casal nega
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se meteu em nova confusão, desta vez durante o debate entre candidatos à prefeitura de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, onde o marido da parlamentar, o coronel Aginaldo de Oliveira (PL), é um dos postulante ao cargo de prefeito. Um candidato a vereador registrou um boletim de ocorrência no qual relata ter sido agredido pelo casal — que nega.
Felipe Martins (PSOL) relata que estava no debate acompanhando o candidato do PT, Waldemir Catanho, quando foi abordado pela deputada. Segundo o seu relato, Carla Zambelli estava com dedo em riste e o teria xingado de “vagabundo” e “filho da p…”. Felipe diz que, ao responder, teria iniciado uma discussão entre eles.
Foi neste momento, ainda conforme o relato do candidato a vereador, que Aginaldo o teria empurrado gritando “cale sua boca” e “respeite minha mulher”. Em seguida ele teria sido arrastado pela organização do evento para fora do prédio onde ocorreu o debate.
Martins disse acreditar que a postura agressiva do casal teria sido motivada por postagens suas nas redes sociais. Em uma publicação feita no seu perfil no Instagram ainda durante o debate, o candidato a vereador divulgou uma foto com a seguinte legenda: “Meu candidato jantando o filhote de ditadorzinho de meia tigela”. Após o episódio, Felipe Martins publicou uma série de mensagens de apoio de aliados.
A VEJA Carla Zambelli negou qualquer agressão ao candidato do PSOL. Segundo ela, uma assessora teria lhe mostrado uma foto da tela do celular de Martins com uma postagem em que ele usava a imagem da parlamentar e a chamava de “golpista” e “pistoleira”, e dizia que ela é ré em três processos.
Carla Zambelli disse que abordou Felipe para mostrar a postagem. “Disse que ele não podia chamar uma mulher de pistoleira porque seria o mesmo que chamar de prostituta, nem podia me chamar de golpista. Não fui condenada por golpe nenhum”, disse. “E não sou ré em três processos. São só dois”, completou a deputada, referindo-se aos casos relacionados ao episódio em que perseguiu um homem com uma pistola carregada em punho, em 2022, e a acusação de ter contratado o hacker Walter Delgatti para invadir sistemas de órgãos públicos.
Ainda segundo a deputada, Aginaldo teria chegado neste momento e falado: “Não fale assim com minha esposa, seu covarde”. Ela afirma que o marido tocou com o dedo apenas na camisa do candidato do PSOL. “Se tocou, foi só o dedo na camisa. Não tocou nele”, disse. “Não houve empurrão”, completou a parlamentar. Segundo ela, Felipe Martins quer se aproveitar da repercussão do fato para se beneficiar eleitoralmente.