Campanha de Ciro sonha com uma aliança nacional com o PSD de Kassab
Desejo do pedetista é reforçado por encontros com Eduardo Paes e Rodrigo Pacheco e confirmado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi

Depois da saída de Sergio Moro (União Brasil) da disputa presidencial, Ciro Gomes (PDT) é o candidato que se firmou como terceiro colocado e alternativa à polarização entre os dois líderes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, Ciro ainda busca alianças em palanques estaduais para ajudar a alavancar a sua campanha, que se encontra estagnada nas pesquisas de intenção de voto. Nas últimas semanas, ele se reuniu com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A sigla em comum demonstra o desejo do pedetista de se aproximar do partido presidido por Gilberto Kassab.
A vontade é validada por Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. Segundo ele, o martelo ainda não está batido em nenhum dos dois estados, mas ele gostaria que a aliança com o PSD “se tornasse nacional”. “Só que política não é só desejo”, pontua.
Na visão de Lupi, a indefinição do PSD sobre uma candidatura presidencial impede que a parceria progrida neste momento. Kassab ainda diz que lançará um nome ao Palácio do Planalto depois de não conseguir convencer o próprio Pacheco, o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (que ficou no PSDB) e Paulo Hartung (ex-governador do Espírito Santo), mas não definiu qual será a quarta tentativa.
Ciro e Kassab trocaram elogios na imprensa recentemente: enquanto o pessedista disse que Ciro seria um bom presidente, o pedetista respondeu que o “amigo” conduz o partido “de forma muito correta” depois do encontro com Pacheco. Na mesma data, o presidenciável também declarou que “se eu pudesse ter o apoio deles, ficaria bastante feliz”.