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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Butantan identifica potencial antibiótico contra superbactérias

Microrganismos resistentes a remédios causam mais de 1,2 milhão de mortes por ano, segundo OMS

Por Bruno Caniato Atualizado em 10 Maio 2024, 08h51 - Publicado em 1 out 2023, 12h39

Pesquisadores brasileiros conseguiram isolar uma molécula com potencial para eliminar as chamadas “superbactérias” – microrganismos hiper-resistentes à maioria dos antibióticos modernos. O estudo foi conduzido pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e representa um avanço no combate a um dos maiores desafios atuais da Medicina.

A substância doderlina, identificada pelos cientistas, foi extraída de um dos micróbios que habitam normalmente o intestino humano e mostrou-se eficaz em exterminar bactérias como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, responsáveis por infecções nos tratos urinário, gastrointestinal e pulmonar, além de causar meningite em recém-nascidos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as superbactérias são responsáveis por mais de 1,2 milhão de mortes por ano e podem custar 100 trilhões de dólares à economia global até 2050.

Outra doença potencialmente tratável com a doderlina é a candidíase, infecção causada pelo fungo Candida albicans que gera inflamação e coceira nas regiões da boca e genitália, particularmente comum em pessoas com baixa imunidade, e já se mostrou resistente a alguns medicamentos antifúngicos conhecidos.

A descoberta da doderlina, segundo os pesquisadores, ocorreu após a investigação da bactéria Lactobacillus acidophilus, que faz parte da flora intestinal humana e sobrevive até hoje por conta da seleção natural. “Se esses organismos vivem na Terra há milhões de anos e mudaram muito pouco ao longo do tempo, eles têm alguma característica que os defende”, explica o cientista Pedro Ismael da Silva Junior, que coordenou o estudo conduzido no Laboratório de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan.

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