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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Boulos tem campanha eleitoral mais cara do Brasil em 2024 — veja ranking

Deputado do PSOL lidera com R$ 65 milhões em receitas, dos quais já gastou R$ 38,8 milhões; na sequência, estão Ricardo Nunes (MDB) e Alexandre Ramagem (PL)

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 out 2024, 19h18 - Publicado em 4 out 2024, 18h25

Dentre os mais de 400.000 candidatos que disputarão a preferência do eleitor no próximo domingo, 6, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tem a maior verba para campanha eleitoral em todo o Brasil. Segundo levantamento de VEJA com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidatura do parlamentar à prefeitura de São Paulo havia arrecadado 65,7 milhões de reais até esta sexta-feira, 4.

O caixa de Boulos é mais de 20 milhões mais farto do que do prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário na corrida municipal, que aparece em segundo no ranking com 44,3 milhões de reais em recursos. Na tabela das campanhas mais ricas, os dois nomes seguintes são Alexandre Ramagem (PL) e Eduardo Paes (PSD), rivais à prefeitura do Rio de Janeiro, com verbas de 26 milhões e 21,3 milhões, respectivamente.

Até o dia 25 de setembro, segundo as prestações de contas já feitas, Boulos havia gastado 38,8 milhões de reais do total que tem em caixa.

Em 2024, os nomes que disputam as 5.569 prefeituras dispõem de 3,3 bilhões em orçamento para campanhas, somando-se os recursos de partidos e as doações de pessoas físicas. Mais de um quinto da fortuna está à disposição das capitais brasileiras, e metade está concentrada em 39 candidaturas nas cinco cidades mais populosas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte.

Partidos já gastaram 6,5 bilhões no primeiro turno

De acordo com as contas partidárias já declaradas à Justiça Eleitoral, campanhas de prefeitos e vereadores já custaram 6,5 bilhões de reais aos partidos, sendo 92% saídos dos cofres públicos via repasses do Fundo Eleitoral. Os gastos, que soam exorbitantes, representam menos da metade dos estratosféricos 13,1 bilhões que as legendas têm em caixa para bancar suas candidaturas em todo o país.

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Somente no primeiro turno de campanha, sete partidos gastaram, somados, mais de 4,2 bilhões de reais: PL, PT, União Brasil, PSD, Republicanos, MDB e PP. Não por coincidência, as sete legendas compõem as maiores bancadas na Câmara dos Deputados e, portanto, recebem as sete maiores fatias do bolo do financiamento público.

Veja, a seguir, as dez campanhas eleitorais mais caras para as prefeituras brasileiras:

  1. Guilherme Boulos (PSOL), São Paulo: R$ 65.662.114,03
  2. Ricardo Nunes (MDB), São Paulo: R$ 44.313.950,44
  3. Alexandre Ramagem (PL), Rio de Janeiro: R$ 26.050.000,00
  4. Eduardo Paes (PSD), Rio de Janeiro: R$ 21.300.000,00
  5. Bruno Reis (União Brasil), Salvador: R$ 20.657.800,00
  6. Fuad Noman (PSD), Belo Horizonte: R$ 18.444.324,01
  7. José Sarto (PDT), Fortaleza: R$ 17.510.000,00
  8. Tabata Amaral (PSB), São Paulo: R$ 17.275.305,94
  9. Bruno Engler (PL), Belo Horizonte: R$ 16.207.000,00
  10. André Fernandes (PL), Fortaleza: R$ 13.343.000,00
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