Bolsonaro não sai da Bahia, mas segue amplamente rejeitado pelos baianos
Presidente tem agenda intensa no estado, mas quase dois a cada três moradores reprovam o seu governo e 49,8% dizem que irão votar em Lula para presidente
Jair Bolsonaro (PL) até que tem se esforçado. Desde o Réveillon deste ano, o presidente fez três viagens para a Bahia, onde esteve em cidades como Salvador, Feira de Santana, Cruz das Almas, Maragogipe e Luís Eduardo Magalhães. Visitou as obras da Irmã Dulce, sobrevoou de helicóptero áreas atingidas por tempestades no final de 2021, entregou títulos de posse de terra, mandou duplicar rodovia e, claro, fez uma motociata.
Nada disso adiantou. A sua popularidade continua péssima entre os baianos. Segundo levantamento feito entre os dias 1º e 4 de julho na Bahia pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta terça-feira, 5, nada menos que 62,1% dos eleitores do estado desaprovam o seu governo – outros 34,1% aprovam e 3,8% não souberam ou não responderam.
Quando questionados sobre como avaliam o governo, 54,2% o classificaram como ruim ou péssimo, enquanto apenas 25,4% disseram que ele é ótimo ou bom. Outros 19,0% dos eleitores afirmaram que a sua gestão é regular e 1,4% do eleitorado não soube ou não quis opinar.
Na disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais uma derrota dolorida: ele tem 26,5% das intenções de voto contra 49,8% do petista, uma diferença de mais de 23 pontos. A distância, no entanto, era até maior em abril, de 25,5 pontos percentuais (51,3% a 25,8%).
Na pesquisa divulgada hoje, aparecem na sequência Ciro Gomes (PDT), com 8,5%, e André Janones (Avante), com 1,0%. Os demais candidatos não conseguiram atingir um ponto percentual, entre eles Simone Tebet (MDB), que ficou com 0,6%.
No sábado, estiveram no estado quatro desses candidatos – Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet – por ocasião do feriado de 2 de julho, quando se comemora o Dia da Independência da Bahia.
A pesquisa ouviu 1.640 eleitores de 72 municípios da Bahia, por meio de entrevistas pessoais, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-00774/2022. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.