Maquiavel

Por José Benedito da Silva

A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Brasil

‘Bolsonaro é o candidato’, diz Valdemar sobre eleições de 2026

Cacique do PL teve medidas cautelares revogadas e já está na avenida Paulista para manifestação pró-anistia organizada pelo ex-presidente

Por Isabella Alonso Panho SEGUIR SEGUINDO , Laísa Dall'Agnol SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 6 abr 2025, 13h59 - Publicado em 6 abr 2025, 13h58

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em manifestação na av. Paulista neste domingo, 6 (Laísa Dall'Agnol/VEJA)

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, chegou à manifestação de Jair Bolsonaro na avenida Paulista neste domingo, 6, e defendeu o nome do ex-presidente como única opção para as eleições de 2026. O cacique estava impedido de ter contato com os investigados do caso da tentativa de golpe de estado, mas teve suas cautelares revogadas pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 11 de março.

“Para nós é o Bolsonaro o candidato. É o melhor. Para nós não tem outra opção. Tem que ser o Bolsonaro, e eu tenho certeza de que ele vai conseguir isso”, disse a VEJA. Instantes antes, o cacique disse que a batida do martelo sobre 2026 depende da situação do ex-presidente, que é o plano A da legenda. “Primeiro precisamos ver como é que fica a situação do Bolsonaro. Mas eu tenho certeza que ele vai ser candidato em 2026.”

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O ex-presidente recorre das duas condenações à inelegibilidade no Supremo Tribunal Federal (STF), impedindo que elas “transitem em julgado” (termo jurídico para o fim de todos os recursos possíveis de um caso). A ideia da direita é lançá-lo como candidato, mesmo que na pendência de recursos judiciais, esperando uma possível reviravolta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será presidido por Nunes Marques e André Mendonça. Outra possibilidade é que Bolsonaro consiga transferir votos ao seu sucessor.

Além do pedido de anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro, o ato deste domingo é uma tentativa de demonstração de força do ex-presidente. A possibilidade de uma condenação no Supremo ela tentativa de dar um golpe de estado pode tirá-lo da vida política em definitivo, porque a condenação criminal impede a candidatura enquanto a pena estiver sendo cumprida, seja ela em regime aberto ou fechado. Vários governadores marcarão presença nesta tarde e estiveram reunidos com o ex-presidente antes da ida à Paulista.