Ato de Bolsonaro na Paulista consegue reunir bom público em SP
Apoiadores e políticos aliados se reúnem neste domingo por pedido de anistia e demonstração de força política do bolsonarismo

O ato do ex-presidente Jair Bolsonaro que acontece neste domingo, 6, na avenida Paulista, reúne uma multidão de apoiadores com cartazes, faixas e balões a favor da anistia dos presos do 8 de janeiro de 2023.
A reportagem de VEJA está no local e esteve na última manifestação bolsonarista em São Paulo, em 7 de setembro de 2024. Ainda sem estatísticas de público oficiais, a quantidade de pessoas aparenta ser maior no ato deste domingo. A avenida, em ambos os lados do trio elétrico onde discursam as autoridades, está tomada de apoiadores até onde a vista alcança.
Policiais militares consultados no local pela reportagem afirmam que o número de público será divulgado após o término do evento. O público também aparenta ser maior do que o verificado no ato pela anistia de 16 de março, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Além da visível quantidade superior de público, o ato na Paulista também está sendo marcado por um número mais amplo de figuras presentes.
Ao contrário do ato de setembro, que reuniu políticos predominantemente do PL, partido de Bolsonaro, neste domingo a manifestação reúne aliados de peso e de outros partidos.
Entre eles, estão a “tropa de choque” de governadores presidenciáveis: Ronaldo Caiado (União), de Goiás, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, além de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que estava presente no último ato.
Caiado, que se reuniu com os demais governadores no Palácio dos Bandeirantes e com Bolsonaro antes do ato, comentou o motivo de ter participado do ato deste domingo, 6. Ele não esteve no 7 de setembro e havia um afastamento em relação ao ex-presidente — Caiado, inclusive, lançou sua pré-candidatura à Presidência na última sexta, 4.
O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), também preconizou a anistia como elemento em comum entre o grupo de líderes que esteve presente no ato.
“(…) Passa-se a ter atitudes de perseguição política. Em vez de ter uma atuação de justiça, isso coloca em xeque o Estado democrático de direito”, afirmou o mandatário sobre as condenações do Supremo. “Acho que este é um movimento da população, realmente, de poder liberar aquelas pessoas de uma punição que foi além da conta”, disse a VEJA.