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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

As propostas na mesa do PSDB para o futuro após extinção tucana

MDB, PSD, Republicanos, Solidariedade e Podemos são possíveis tábuas de salvação para o partido

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 fev 2025, 10h01

O PSDB deve definir neste ano uma nova trajetória para o futuro do partido. Do jeito que está, lideranças avaliam que os tucanos não conseguirão atingir, em 2026, a cláusula de barreira por desempenho nas eleições. Isso significa que o PSDB ficaria sem fundo partidário e sem horário gratuito de rádio e televisão. Na prática, ficaria impedido de fazer uma campanha eleitoral — confira reportagem sobre o tema na última edição de VEJA.

Os tucanos já avançaram em conversas com ao menos cinco legendas. Três delas com grandes partidos – MDB, PSD e Republicanos. Além disso, o PSDB também conversa com o Podemos e o Solidariedade, de menor expressão, com quem podem ampliar a federação. Atualmente, o PSDB é federado com o Cidadania, mas, após dois anos de acordo, com críticas de ambos os lados, o acordo deve se desfazer em maio.

O principal ativo do PSDB para MDB, PSD e Republicanos seriam os treze deputados federais da bancada tucana. Os três partidos em disputa têm 44 deputados, cada. Caso consigam angariar os deputados oriundos do PSDB teriam a quarta maior bancada da Câmara, atrás somente de PL, PT e União Brasil.

MDB

Integrantes do MDB avaliam que o próximo passo a ser dado é do PSDB, que deve indicar com qual força política pretende caminhar no futuro. Segundo interlocutores, o presidente Baleia Rossi não teria fechado as portas para uma fusão – modelo que as legendas se unem e criam um partido com novo estatuto, símbolo, cores e número –, mas estaria mais disposto à incorporação, mantendo as características do MDB.

Do lado do PSDB, a incorporação é vista com pouca simpatia, mas novas conversas com emedebistas devem ocorrer na próxima semana. Caso essa negociação avance, se trataria de uma ironia histórica, uma vez que o PSDB foi fundado em 1988 de uma dissidência do MDB.

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Um entrave para a negociação é um desentendimento regional em Goiás. O vice-governador, Daniel Vilela, filiado ao MDB, é o favorito de Ronaldo Caiado para sucedê-lo no governo goiano. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, já foi governador de Goiás, não descarta disputar o cargo novamente e é inimigo ferrenho de Caiado.

PSD

O cacique do PSD, Gilberto Kassab, tem feito chegar aos ouvidos de tucanos que aceitaria apenas uma incorporação com o PSDB. Quando a mensagem chegou ao deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), não agradou nenhum um pouco o remetente. “A incorporação está fora de cogitação, não só em relação ao PSD, mas a qualquer outro partido”, disse o parlamentar mineiro a VEJA.

Aécio nega que tenha entraves regionais com quadros do PSD, mas o que se diz nos bastidores que o ex-governador, ex-senador e outrora presidenciável não teria certeza sobre o espaço que teria no PSD mineiro, que tem quadros como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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Assim como o MDB, o PSD tem uma bancada de 44 deputados que chegaria a 57 com a entrada dos tucanos e se tornaria a quarta maior da Câmara.

Republicanos

Uma aproximação do novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos – PB), com deputados da bancada tucana, pôs o Republicanos na mesa de negociação. Além da proximidade com os parlamentares, lideranças do PSDB ficaram animados com a proposta porque o partido estaria aberto a uma fusão.

Gente graúda do Republicanos admite que as conversas ocorreram e, inclusive, estariam dispostos a incorporar parte da “Social Democracia” no nome do partido. Mas a mudança seria apenas na nomenclatura, já que há resistência ao programa do PSDB. O tucano, o número 45 e as cores do partido também ficariam de fora.

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Federação ampla

O PSDB não descarta a ideia de se manter vivo, com nome, tucano, número de urna e todas as características do partido. Nesse caso, a única saída possível – e ainda assim arriscada – seria construir uma federação mais ampla com Solidariedade e Podemos.

Os dois partidos têm um bom diálogo com lideranças tucanas. Paulinho da Força, por exemplo, do Solidariedade, mantém conversas constantes com Aécio Neves. Eles estão tão próximos que é possível que o Solidariedade caminhe junto com o PSDB, mesmo que eles decidam se aliar a outro partido.

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