Após semanas, metrô de Porto Alegre volta a operar, sem cobrança de tarifa
Transporte retoma serviço após interrupção por causa das chuvas; trajeto inclui treze estações em cinco municípios

Nesta quinta-feira, 30, o Metrô de Porto Alegre voltou parcialmente às operações depois de passar semanas desativado em razão das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. O serviço funciona em um trecho de 26 quilômetros entre as estações Novo Hamburgo e Mathias Velho, e ainda não há cobrança de passagem. Serão treze estações atendidas em cinco municípios – Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.
A reativação do metrô foi anunciada pelos ministros Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, e Waldez Goés, da Integração e Desenvolvimento Regional. Na manhã de hoje, os dois realizaram uma viagem pelo trecho reaberto ao lado de Fernando Marroni, presidente da Trensurb, concessionária que opera o transporte em Porto Alegre e região metropolitana — ainda não há previsão de retomada das atividades nas estações da capital gaúcha.
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A expectativa é que o retorno das viagens, na operação que está sendo chamada de “Trilhos Humanitários”, atenda a cerca de 30 mil passageiros por dia. São dois trens circulando em trilhos paralelos entre as estações Mathias Velho e Unisinos, em São Leopoldo, e um veículo transitando entre Unisinos e a estação Novo Hamburgo. “É mais um passo para restabelecer a normalidade dos serviços essenciais do Rio Grande do Sul”, afirmou Pimenta.
Estações de energia danificadas
De acordo com a Trensurb, a operação ainda ocorre com trajeto restrito e poucos trens porque duas das cinco subestações de energia que alimentam o metrô foram gravemente danificadas pelas chuvas e continuam inoperantes. O pátio da sede da concessionária no bairro Humaitá, em Porto Alegre, também continua alagado.
A empresa informou, ainda, que diversos segmentos da malha ferroviária foram prejudicados pelas enchentes, e que os lastros dos trilhos compostos por brita e dormentes de madeira precisam de manutenção antes que outros trechos sejam recolocados em operação. O funcionamento gratuito se deve, em parte, porque o sistema de bilhetagem também foi afetado pelas inundações e deve voltar a funcionar em até trinta dias.