Após 20 dias, o que se sabe sobre empresário achado morto em buraco em SP
Adalberto dos Santos Jr. foi encontrado em 3 de junho dentro de poço em Interlagos, mas perícia mostra que ele já estava sem vida ao ser deixado no local

A morte de um empresário do ramo de óticas, cujo corpo foi encontrado em um buraco próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, segue intrigando a polícia.
Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, 35, foi visto pela última vez na noite de 30 de maio, durante o Festival Interlagos 2025: Edição Moto, que ocorria no autódromo. Por volta das 19h40, ele conversou por mensagem com a esposa e foi em direção ao carro, no estacionamento, cerca de 200 metros do ponto principal do evento, mas não voltou para casa.
O corpo dele, no entanto, só foi encontrado na manhã de 3 de junho, por bombeiros e dentro de um buraco de três metros de profundidade e 45 centímetros de diâmetro. Ele estava preso na parte superior da fenda, sem sinais de ferimentos aparentes e com terra no rosto e nas vias respiratórias.
A polícia começou a suspeitar de que tenha ocorrido um homicídio porque a carteira com dinheiro, documentos, celular, aliança e capacete estavam no local. Faltavam apenas calças e tênis. Não havia sinais de queda, luta ou tentativa de fuga, e o local não apresentava vestígios de sangue.
As investigações apontam que a morte deve ter ocorrido entre 36 e 40 horas antes da descoberta do corpo, descartando a hipótese de morte no próprio poço. A delegada responsável pelo caso e chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo, considera mais provável que o corpo tenha sido colocado no buraco depois da morte.
Exames toxicológicos e radiografias estão em andamento para identificar substâncias no organismo do empresário, possíveis sinais de violência interna ou tentativas de defesa. Os laudos já obtidos até o momento apontam que a causa da morte foi asfixia.
Além da hipótese de que ele tenha sido assassinado, a polícia também não descarta a possibilidade de que o crime tenha ocorrido após um golpe do “boa noite, Cinderela”. Apesar disso, ainda não há nenhum indício concreto. As autoridades também acreditam que mais de uma pessoa esteja envolvida no crime.