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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Apagão em São Paulo é explorado por rivais de Ricardo Nunes na eleição

Alvo de críticas, prefeito diz que o contrato com a Enel foi feito com o governo federal e ameaça acionar a concessionária na Justiça

Por Redação Atualizado em 9 Maio 2024, 20h17 - Publicado em 6 nov 2023, 13h18

Pré-candidatos à prefeitura de São Paulo na eleição do ano que vem, os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL), Kim Kataguiri (União Brasil) e Ricardo Salles (PL) mostraram que pretendem usar o longo apagão vivido pela cidade no fim de semana para desgastar eleitoralmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Em postagem publicada nesta segunda-feira nas redes sociais, Boulos criticou o prefeito e a empresa concessionária responsável pelo fornecimento de energia pela suposta redução de efetivo para atender a população. “São Paulo entra no quarto dia sem luz devido à incompetência da Enel. Ao invés de tomar providências, o prefeito Ricardo Nunes posou de Rei do Camarote e passou o fim de semana assistindo UFC e Fórmula 1. Enquanto isso, a comida dos paulistanos estraga na geladeira…”, afirmou.

A referência do principal adversário de Nunes era ao fato de o prefeito ter marcado presença em eventos públicos durante o apagão, como as etapas brasileiras da Fórmula 1 e do UFC, enquanto milhares de paulistanos ainda permaneciam sem energia por causa do temporal que atingiu a cidade na sexta-feira.

No domingo, Boulos já havia afirmado que “enquanto milhares de paulistanos estão há mais de 48 horas no escuro, o prefeito Ricardo Nunes passa o dia posando no camarote de eventos”. Em seguida, completou: “Até quando? Mais uma vez, São Paulo mostra o quanto precisa ser melhor preparada para evitar um caos a cada novo evento climático adverso, que, diga-se de passagem, será cada vez mais comum daqui para frente”.

Kim Kataguiri, que pertence ao União Brasil, partido que apoia a administração de Nunes, foi na mesma linha — e ainda criticou o alto grau de desconhecimento do prefeito pela população. Eleito como vice em 2020, Nunes assumiu a prefeitura no ano seguinte, após a morte do prefeito Bruno Covas, e ainda tenta se tornar mais conhecido dos eleitores. “Metade da cidade sem luz, árvores caídas no meio de inúmeras vias, comerciantes que perderam todos seus produtos, casas destruídas. Onde está o prefeito? Em reuniões? Em algum centro de operações ou monitoramento? Não. Dando rolê no UFC e na Fórmula 1 pra ver se assim as pessoas vão saber quem ele é”, disse.

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O deputado Ricardo Salles (PL), que ainda tenta viabilizar sua pré-candidatura à prefeitura enquanto o PL flerta com Nunes, criticou de forma irônica o que chamou de falta de planejamento da atual gestão. “Na Nuneslândia, há mais de dois anos com caixa cheio e nenhum planejamento, sobram contratações emergenciais sem foco nem resultado, enquanto a cidade toda sofre com a falta de luz das árvores e postes derrubados. Tudo pela reeleição, nada pelo povo”, publicou.

A deputada Tabata Amaral (PSB) preferiu tom mais ameno, com críticas gerais ao “poder público”. “Toda minha solidariedade às famílias das vítimas das chuvas em SP. Esse é mais um chamado para nos prepararmos para as mudanças climáticas — que já são uma realidade. O poder público precisa se preparar para lidar com esses desastres, pois sabemos que isso vai acontecer de novo”, afirmou, em postagem no sábado.

Contrato

Pelas redes sociais, Nunes se manifestou no sábado sobre o assunto. “A chuva que caiu na Capital, na Região Metropolitana e Baixada Santista hoje foi excepcional. A capital paulista ficou em estado de atenção por quase 2 horas. Tivemos rajadas de ventos, em alguns locais, como na região de Congonhas que chegou a 104 km/h. Estou acompanhando às equipes, constitui um grupo de trabalho e estaremos todos empenhados para que a Cidade retome a sua normalidade o quanto antes”, disse.

Em entrevista na manhã desta segunda-feira, o prefeito criticou a Enel pela falta de material humano para atender as emergências, além do contrato feito com o governo federal. “O contrato é com o governo federal, que o rege. Houve lá o erro. Precisa haver uma readequação desse contrato para essa questão das mudanças climáticas. Não é possível que a Enel, com todos esses problemas, tenha um volume pequeno de equipes perante o tamanho do nosso problema”, afirmou.

Nunes disse que acionaria a Justiça caso a energia não fosse religada até esta terça-feira. A Enel informou que está mobilizando esforços para atender as mais de 500 mil pessoas que ainda permanecem sem energia na capital paulista nesta segunda-feira.

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