Agente penal vira réu por assassinato de petista em Foz do Iguaçu
Juiz aceita denúncia contra Jorge Guaranho, que invadiu festa de Marcelo Arruda com xingamentos ao PT e gritos de 'aqui é Bolsonaro'
O agente penal federal Jorge Guaranho, que invadiu uma festa de aniversário com temática do PT no dia 9 de julho, tornou-se réu nesta quarta-feira, 20, pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda em Foz do Iguaçu (PR). O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná, que denunciou Guaranho por homicídio qualificado.
A denúncia dos promotores de Justiça ressalta que a morte de Arruda ocorreu por “motivo fútil” e com uso de arma de fogo, que são agravantes para o crime. O juiz foi sucinto na sua decisão, justificando apenas que há “indícios suficientes de autoria e prova de materialidade” para abrir a ação contra o agente penal.
Ferido durante a troca de tiros na festa de aniversário, Guaranho ainda está hospitalizado. Arguello diz que os oficiais de Justiça devem se certificar se ele está apto a se manifestar de forma consciente sobre o processo. Na denúncia, os promotores Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva e Tiago Lisboa Mendonça citam que o motivo do crime foi político e que ele ocorreu quando Guaranho voltou ao local da festa de aniversário de Arruda após uma discussão sobre preferências pelos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
O advogado Daniel Godoy, que defende a família do guarda municipal assassinato, ressaltou que os familiares esperam “que se faça Justiça, de forma exemplar, para que fatos como este não mais se repitam, especialmente no momento em que a sociedade brasileira e internacional, busca preservar o Estado Democrático de Direito, atacado pelos instigadores do ódio”.