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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A rota do dinheiro do esquema que envolveria Ciro, segundo os delatores

Executivos da Galvão Engenharia afirmam que usaram rede de notas fiscais falsas para conseguir dinheiro vivo para corrupção; Ciro nega as acusações

Por Bruno Ribeiro Atualizado em 16 dez 2021, 12h22 - Publicado em 16 dez 2021, 11h37

A operação da Polícia Federal deflagrada na quarta-feira, 15, contra o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), que gerou uma série de reações dele e de outras lideranças de esquerda contra eventuais abusos policiais e uso político da instituição pelo governo Jair Bolsonaro, foi baseada na delação de dois sócios e dois executivos da Galvão Engenharia, empresa que venceu a licitação para reforma e operação da Arena Castelão, em Fortaleza. Os dirigentes da empresa dizem que parte do dinheiro da obra foi desviado para Ciro e seus irmãos, o senador Cid Gomes (PDT-CE) e o secretário de Infraestrutura de Fortaleza, Lucio Gomes.

Os executivos apresentaram e-mails e outros documentos que comprovariam que a empresa criou um esquema de compra de notas fiscais frias para conseguir dinheiro vivo, que de acordo com o grupo era entregue à família Gomes por meio de advogados, durante a execução da obra. Esses repasses seriam feitos para que o governo do Ceará os pagasse em dia. Essas transações, segundo os delatores, ainda estão em posse do departamento financeiro da empresa. A operação desta quinta foi justificada como uma forma de obter documentos da outra ponta do suposto esquema, para comprovar ou não as alegações dos delatores.

Um dos alvos da operação foi a distribuidora de cimento Noronha, que fica no bairro Montese, em Fortaleza. Os delatores disseram que simulavam compras de sacos de cimento da empresa, que emitia uma nota fiscal em favor da construtora, para que o departamento da Galvão liberasse os recursos. Uma comissão ao redor de 7% do valor da nota ficava com a distribuidora. O restante do dinheiro vivo ficava livre para a construtora gastar com propinas. Outra forma de conseguir os recursos era criando contratos de locação de maquinário e equipamentos por meio de uma empresa de fachada, pertencente ao lobista Adir Samir Saad (que já havia sido citado em outras investigações da Operação Lava Jato). Nesta caso, a comissão paga era maior, de 12% a 14%.

Cabia a Noronha levantar as cédulas de dinheiro para devolver à Galvão, ainda segundo os delatores, mas como os valores eram muito altos, nem sempre isso era possível. Quando não conseguiam, os empresários mandavam dinheiro vir de São Paulo. As empresas citadas e seus empresários também foram alvo da operação.

Se os policiais comprovarem que este esquema ocorreu da forma como os delatores afirmam, ainda terão de obter provas de que três advogados que teriam sido indicados por Lucio Gomes (os ex-procuradores gerais do estado do Ceará Fernando Oliveira e José Leite Jucá Filho, além de Hélio Parente de Vasconcelos) receberam os recursos e se, caso realmente tenham recebido, repassaram as quantias para os Gomes. Ciro nega veementemente qualquer ligação com o esquema.

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