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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A maior viagem do astronauta-senador Marcos Pontes

Ex-ministro de Bolsonaro decide manter candidatura à presidência do Senado, apesar da bronca pública que tomou de seu ex-chefe, que apoia Alcolumbre

Por Redação 21 jan 2025, 16h55

Marcos Cesar Pontes ficou célebre quando fez uma viagem à Estação Espacial Internacional em março de 2006, a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito experimentos científicos para ambientes de microgravidade, dentro da “Missão Centenário”, e se tornou o primeiro astronauta brasileiro em todos os tempos. Voltou do espaço em 8 de abril, foi homenageado com a Ordem do Rio Branco pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 e pouco mais de um mês, no dia 18 de maio, pediu aposentadoria. Desde então, nunca mais voltou ao espaço.

Hoje é senador por São Paulo, cargo para o qual foi eleito sua sua primeira disputa eleitoral, em 2022, com pouco mais de 10 milhões de votos. A vitória veio com o apoio maciço do bolsonarismo e, principalmente, do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem havia sido ministro da Ciência e Tecnologia.

Agora, a parceria está abalada. Na noite de segunda-feira, 20, Bolsonaro publicou um vídeo com uma bronca pública no ex-auxiliar por ele ter lançado a sua candidatura à presidência do Senado, em fevereiro deste ano, contrariando o que o ex-presidente e seu partido, o PL, defendem.

“Eu lamento você estar nessa situação, porque sabe que não tem como ganhar. Se formos embarcar na sua candidatura, que eu acho melhor que muitas outras aí, vamos ficar sem comissão. Você está pensando em você. É lamentável isso aí. Eu elegi você em São Paulo. Esse é o meu pagamento?”, disse Bolsonaro  — leia a matéria completa aqui.

Bolsonaro tem razão. A chance de Marcos Pontes vencer a eleição no Senado é praticamente nula. O grande favorito, Davi Alcolumbre (União-AP), ex-presidente da Casa, é tratado como vencedor por todos os líderes. Tem o apoio de praticamente todos os partidos com assento no Senado, do PL ao PT, passando pelas maiores bancadas, como PSD, MDB e o próprio União Brasil de Alcolumbre.

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O favoritismo é tão grande que desde o ano passado já se discute com Alcolumbre o rateio dos cargos na Mesa Diretora e o comando das principais comissões. Esse é o motivo da bronca de Bolsonaro. Em 2023, quando fez a besteira de lançar a candidatura de Rogério Marinho para enfrentar Rodrigo Pacheco (PSD), o PL ficou sem nenhum posto importante no Senado, mesmo tendo a segunda maior bancada da Casa (quatorze senadores).,

Claro que em política tudo pode acontecer, mas uma vitória de Pontes é altamente improvável. As eleições para o Senado, que tem 81 parlamentares, são geralmente decididas nos bastidores bem antes da eleição — a votação, quase sempre, é para confirmar a escolha da maioria que já estava feita. Às vezes, pode haver alguma emoção, como em 2019, quando Alcolumbre venceu com 42 votos (um a mais do que o necessário) depois que seu principal adversário, Renan Calheiros (MDB), que presidira a Casa por dois mandatos, desistiu da disputa na última hora por entender que seria derrotado.

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Pontes, mesmo após a bronca pública de Bolsonaro, decidiu manter-se na disputa. No X, criticou, de forma velada, a “arrogância” de alguns e disse, de forma um tanto cifrada, que é candidato por causa da “estratégia do PL em apoiar Alcolumbre” e “porque minha candidatura é algo excelente para o partido e não atrapalha de forma alguma a estratégia do PL”.

E termina o post mandando a todos um “grande abraço espacial”.

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Ao que parece, o senador decidiu retomar a rotina de viagens. A missão, agora, no entanto, é bem mais difícil.

 

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