A fúria bolsonarista contra a camisa vermelha da Seleção Brasileira
Reação veio após notícia de que cor estampará uniforme reserva dos jogadores na Copa do Mundo de 2026

A notícia de que a Seleção Brasileira de futebol poderá trajar camisa vermelha na Copa do Mundo de 2026 provocou a ira de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Muitos deles afirmam que o novo uniforme, além de desrespeitar as tradicionais cores da bandeira — azul, verde, amarelo e branco –, ainda remete ao Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Divulgada na segunda-feira, 28, pelo site esportivo Footy Headlines, a informação é a de que a cor vermelha estampará a camisa reserva da Seleção e que as vestimentas serão produzidas pela Jordan — marca do lendário jogador de basquete Michael Jordan –, e não pela Nike.
“Quero acreditar que isso não é verdade! A camisa da Seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria”, publicou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Nossa bandeira não é vermelha, e nunca será! Essa mudança precisa ser repudiada veementemente”, emendou o parlamentar.
Advogado desportivo, o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), também repudiou a escolha e disse que o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proíbe cores que não estejam na bandeira nacional. “Deve ser apenas uma piada. Ou, da maneira mais boçal, teremos certeza de que estamos vivendo o comunismo de bandeira vermelha e tudo”, declarou. “Não misturem futebol com política, pois a política, no final, sempre se locupleta e captura o futebol”, disse.
Ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e presidente do PP, o senador Ciro Nogueira aproveitou para alfinetar a seleção. “Atenção, CBF. Que a seleção seja sofrível, é deprimente. As cores da bandeira sempre foram verde, amarela, azul e branca. Camiseta vermelha é colocar a seleção numa polarização que jamais deveria entrar”, declarou.
O discurso de acirramento da polarização também foi adotado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). ” Enquanto nós queremos pacificar o país, eles querem polarizar mais e mais. Eles não querem a paz e o amor. Eles querem a guerra”, publicou.