A difícil disputa de Lula com Bolsonaro, Michelle e Tarcísio no 2º turno
Novo levantamento sobre a sucessão presidencial foi divulgado nesta sexta-feira pelo instituto Paraná Pesquisas
A sondagem divulgada pelo Paraná Pesquisas, nesta sexta-feira, 24, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dificuldades em um eventual segundo turno da eleição presidencial contra três adversários: o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em uma hipotética repetição do confronto de 2022 contra Jair Bolsonaro, o ex-presidente chegaria numericamente na frente, mas por apenas 0,3 ponto percentual: ele teria 42% dos votos contra 41,7% de Lula. Em janeiro, o resultado era inverso: o petista marcava 43,9% contra 41,9% de Bolsonaro. A virada se deu em março, mas por uma diferença ainda menor, de 0,1 ponto percentual (Bolsonaro ficou com 41,7% e Lula com 41,6%).
Já contra Michelle Bolsonaro, também em um segundo turno, o petista teria 42% das intenções de voto contra 40,1% da ex-primeira-dama.
Nos dois cenários, tanto Bolsonaro quanto Michelle estariam empatados tecnicamente na disputa com Lula, já que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Tarcísio
Se o adversário de um eventual segundo turno fosse Tarcísio de Freitas, Lula lideraria fora da margem de erro. O petista teria 41,7% contra 36,6% do governador de São Paulo. Ainda assim, a situação é de quase empate técnico. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, Tarcísio poderia ter entre 34,4% e 38,8%, enquanto Lula poderia variar de 39,5% a 43,9%.
Nesse cenário, o percentual de brancos e nulos chegaria a 15,8%, o maior das três simulações de segundo turno feita pelo Paraná Pesquisas.
Inelegível
Apesar de testado em pesquisas, o ex-presidente está impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de disputar as eleições de 2026. A Justiça o tornou inelegível após condená-lo, por duas vezes, por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação quando ainda comandava o Palácio do Planalto.
Mesmo mais bem colocada que outros nomes da direita, Michelle não é considerada a primeira opção dos bolsonaristas. Aliados afirmam que esse não é o desejo nem dela nem do ex-presidente, que insiste em afirmar que até o registro das candidaturas, em 2026, a decisão que o tornou inelegível estará revertida.
Reportagem de capa de VEJA desta semana mostra como governadores e outros líderes da centro-direita vêm se articulando para construir uma alternativa forte a Lula em 2026.
Pesquisa
O instituto ouviu 2020 eleitores em 160 municípios dos 26 estados e o Distrito Federal entre os dias 27 de abril e 1º de maio.