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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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As derrotas de Zema e Kalil em Belo Horizonte

Governador e ex-prefeito apostaram em Tramonte, que sequer foi para o segundo turno

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 7 out 2024, 06h57 - Publicado em 6 out 2024, 21h55

O governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (Republicanos). iniciaram a campanha como padrinhos políticos de peso na eleição deste ano na capital mineira. O resultado que saiu das urnas neste domingo, entretanto, mostrou que o apoio deles não foi suficiente para levar o candidato Mauro Tramonte (Republicanos) ao segundo turno. A disputa será decidida entre o deputado André Fernandes (PL) e Fuad Noman (PSD), que tenta a reeleição.

Tramonte iniciou forte a campanha, beneficiado pelo recall das aparições diárias na TV como apresentador de programas populares como Balanço Geral. Na primeira pesquisa de intenção de votos divulgada após o anúncio de sua candidatura, o deputado estadual já aparecia na liderança.

O desempenho fez com que o candidato do Republicanos conquistasse uma proeza: juntar Zema e Kalil no mesmo palanque. Em 2022, os dois haviam disputado o governo do estado numa campanha recheada de ataques pessoais, que havia deixado sequelas.

Zema vinha de uma derrota. O governador tentou lançar uma ex-secretária de seu governo à prefeitura, mas a candidatura não decolou. Sem muitas opções, decidiu pelo apoio a Tramonte, então líder das pesquisas.

Kalil havia deixado a prefeitura com altas taxas de aprovação e as pesquisas internas das campanhas apontavam que ele era considerado um apoio político importante. Por isso, foi assediado pela maioria dos candidatos.

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Nas conversas, no entanto, Kalil ignorou os apelos de Fuad Noman, candidato que naturalmente receberia seu apoio. Fuad era vice de Kalil e herdou o cargo depois que ele se desencompatibilizou para concorrer ao governo do estado.

Fuad precisava do apoio de Kalil. Embora fosse prefeito, ele ainda lutava com a alta taxa de desconhecimento entre os eleitores. Em uma negociação que olha para 2026, no entanto, Kalil trocou o PDT pelo Republicanos e anunciou apoio a Tramonte.

O candidato do Republicanos, no entanto, não tinha tempo no horário eleitoral, e sentiu os efeitos disso. Na medida em que as propagandas eram exibidas em rádio e TV, cujo tempo era dominado por Bruno Engler e Fuad Noman, Tramonte passou a descrever uma trajetória descendente nas pesquisas, ao mesmo tempo em que os dois concorrentes cresciam.

Em suas agendas de rua, Tramonte até levou Zema e Kalil para o mesmo palanque, mas o distanciamento entre eles era evidente. E o apoio dos doi caciques não lhe garantiu transferências de votos.

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