A briga acirrada entre PT e PDT para ir ao segundo turno no Ceará
Levantamento foi divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira, 5
A menos de um mês da eleição, a disputa para governador do Ceará tem uma batalha acirrada entre os antigos aliados PT e PDT para ver quem enfrenta no segundo turno o deputado Wagner de Sousa Gomes, conhecido como Capitão Wagner (União Brasil).
Segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo instituto Paraná Pesquisas, Wagner lidera a corrida com 37,5% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), com 24,3%, e pelo deputado estadual Elmano de Freitas (PT), com 20,9%.
Como a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, o pedetista e o petista estão empatados tecnicamente. Em relação à pesquisa divulgada pelo mesmo instituto em agosto, Elmano encurtou a distância para o rival: ele tinha 17,7% contra 22,3% de Cláudio.
A possibilidade de segundo turno também aumentou com a oscilação negativa de Capitão Wagner, que no levantamento anterior, tinha 40,1% das intenções de voto.
A disputa cearense ganhou contornos de drama com o racha na coalizão que governa o estado há dezesseis anos, entre o PT e os irmãos Ciro Gomes e Cid Gomes. Os pedetistas decidiram lançar Cláudio ao governo, enquanto os petistas defendiam a governadora Izolda Cela, que era vice e assumiu quando Camilo Santana (PT) renunciou para disputar o Senado — em meio à crise, ela anunciou a saída do PDT e o apoio a Elmano.
Quem se beneficiou disso foi Wagner, que embora não tenha o apoio oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL), conta com o voto bolsonarista no estado – policial militar da reserva, ele ficou conhecido ao liderar greves da categoria no estado em 2011 e 2012. Já Elmano é apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na pesquisa divulgada nesta segunda-feira, o candidato José Batista Neto (PSTU) tem 1,5%. Os demais postulantes ao governo não pontuaram. Entre os entrevistados, 7,9% declararam que irão votar em branco, nulo ou nenhum e 7,1% disseram que não sabem ou não responderam.
A pesquisa foi feita por meio de entrevistas pessoais com 1.540 eleitores de sessenta municípios entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº CE-04136/2022.