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Lillian Witte Fibe

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Entre o crime e a prisão foram 20 anos

11 anos depois de ser acusado por um crime cometido no século passado contra o seu e o meu(mas especialmente contra o dos mineiros),o condenado está preso.

Por Lillian Witte Fibe Atualizado em 4 jun 2024, 17h12 - Publicado em 23 Maio 2018, 16h39
Entre o crime e a prisão, hoje, foram 20 anos.
Por usar dinheiro público em caixa dois de campanha eleitoral de 1998, o ex-governador de Minas pelo PSDB, Eduardo Azeredo, chegou há pouco menos de duas horas à delegacia de Belo Horizonte, de onde deve ser transferido para uma unidade prisional.
Eis uma breve linha do tempo sobre o caso:
há 11 anos (e só 9 anos depois do crime!) a primeira acusação (ou denúncia), chegou ao foro privilegiado do Supremo –  na época, ele era senador e não podia ser julgado pela justiça comum;
– a corte levou 2 anos para decidir se o tornava réu ou não, isto é, se aceitava a denúncia e abria o processo;
– no total, só no Supremo, o assunto acabou ficando 7 anos: a denúncia chegou em 2007, o processo foi aberto em 2009, e ali tramitou sem sentença por mais 5 anos e pouco, até o começo de 2014;
– Azeredo, então, renunciou ao mandato do foro privilegiado; o processo desceu para a primeira instância de Minas Gerais, onde ficou quase dois anos até a primeira sentença, em dezembro de 2015 – condenado;
– acrescentem-se mais 2 anos e estes quase 5 meses completos do ano em estamos: foi o tempo que durou a finalização em segunda instância.
Ontem, 22 de maio de 2018, o Tribunal de Justiça do Estado deu por encerrados os recursos da defesa.
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Sim, você leu certo: 11 anos depois de ser acusado pelo Ministério Público por um crime cometido há 20 anos contra o seu, o meu, o nosso (mas especialmente contra o dos mineiros), o condenado, hoje quase um septuagenário, está preso.
Ou melhor, está sob custódia da polícia civil.
E ainda dizem que a defesa deposita esperanças em habeas corpus.
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Do Superior Tribunal de Justiça e/ou do próprio Supremo.
ops! Atualização: leio aqui que o stj acaba de recusar o primeiro —
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