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VSR: família precisa conhecer os perigos desse vírus para os bebês

Infecção é responsável por até 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos casos de pneumonia; atenção aos sintomas é fundamental

Por Marco Aurélio Sáfadi*
Atualizado em 6 ago 2024, 08h43 - Publicado em 6 ago 2024, 08h00

Sabemos que doenças como a bronquiolite e pneumonia são bastante conhecidas entre pais e mães, mas você já ouviu falar do VSR? O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais causadores destas infecções do trato respiratório inferior e é um responsável significativo de casos de hospitalização em bebês com menos de um ano de idade. O VSR é um vírus bastante contagioso e cerca de dois em cada três bebês serão infectados por ele durante o primeiro ano de vida.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, apenas no período de março a maio, a cada 100.000 crianças nascidas no Brasil, 450 foram hospitalizadas pelo vírus sincicial respiratório antes de completar 1 ano de idade. Quando olhamos para os bebês menores de seis meses, os dados são ainda mais preocupantes.

O número de hospitalizações por VSR entre bebês nessa faixa etária registrado nos meses de abril e maio de 2024 já é 14% maior do que o registrado em 2023 e 106% maior do que o observado no mesmo período no ano passado.

Sendo assim, é de extrema importância que pais, mães e familiares conversem com os pediatras sobre esse vírus, entendam os perigos que ele pode representar para seus filhos e conheçam as formas de prevenção disponíveis.

Bebês e crianças infectadas pelo vírus podem desenvolver bronquiolite – uma infecção dos bronquíolos, que são os menores tubos respiratórios dos pulmões. Este vírus é responsável por até 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos casos de pneumonia. Por isso,
mães, pais e cuidadores devem estar atentos aos sintomas desta doença, que podem incluir falta de ar, chiado no peito, tosse persistente, febre e dificuldade para se alimentar.

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Existem ainda algumas medidas simples que podem ajudar a prevenir a infecção, como evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, lavar as mãos com frequência, usar máscara se estiver com sintomas gripais e amamentar o bebê, se possível.

Além destas medidas preventivas não-farmacológicas, já existem imunizantes para a prevenção do VSR que podem auxiliar na redução das visitas ambulatoriais e nas internações causadas pelo vírus, deixando assim as famílias e bebês mais protegidos durante a os períodos
de maior circulação do vírus.

Esteja sempre alerta aos sinais e sintomas que possam surgir e garanta visitas regulares e acompanhamento médico com o pediatra da família. Busque mais informações sobre o VSR com seu médico e discuta com ele opções de como preveni-lo.

* Marco Aurélio Sáfadi é médico especialista em pediatria e em infectologia pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria, professor assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e do Núcleo Científico do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. É membro da European Society of Pediatric Infectious Diseases e representante brasileiro do Comitê de Vacinas da Sociedade Latino-Americana de Infectologia Pediátrica

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