Vacinas bivalentes são seguras. E vacinação é a melhor arma contra Covid
Dados dos estudos de segurança demonstraram um adequado perfil de tolerabilidade, com reações semelhantes às doses das vacinas monovalentes

Chegou a segunda geração de vacinas Covid-19. Adaptadas à nova circulação do coronavírus, as vacinas bivalentes, daqui para frente, devem substituir as originais nas doses de reforço. Com o grande distanciamento genético que o vírus sofreu, desde seu aparecimento em
Wuhan, na China, no final de 2019, especialmente após a chegada da variante ômicron, houve uma significativa perda de efetividade das vacinas, principalmente em indivíduos mais vulneráveis.
Como o surgimento de variantes era mais frequente, tornava-se impossível produzir uma nova vacina e disponibilizá-la para a população antes do surgimento da próxima. Mas, depois da ômicron, em novembro de 2021, já não tivemos mais novas variantes, somente subvariantes, o que nos permitiu atualizarmos a vacina.
Os estudos demonstraram que se mantivéssemos a configuração original do vírus na vacina, associada à ômicron, e criássemos, portanto, uma vacina dupla, bivalente, os resultados de proteção seriam bem maiores comparados a uma vacina exclusiva da ômicron.
Importante ressaltar que os dados dos estudos de segurança das vacinas bivalentes demonstraram um adequado perfil de tolerabilidade, com reações semelhantes às doses das vacinas monovalentes.
Até o momento, as únicas vacinas bivalentes licenciadas no mundo são as que usam a plataforma de RNA mensageiro, dos laboratórios Moderna e Pfizer, indicadas como dose de reforço, somente para quem recebeu, pelo menos, duas doses de qualquer vacina monovalente. Embora, em alguns países ela já comece a ser aplicada também em quem inicia o esquema vacinal.
É importante ressaltar que, neste momento, a vacinação que começa nesta segunda-feira, 27, no Brasil, será destinada somente para os grupos mais vulneráveis: idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, além dos profissionais da saúde. Para a população em geral, até o momento, não há evidências da necessidade de revacinação, porém, vale enfatizar que o cumprimento do esquema vacinal mínimo para a idade, incluindo as crianças a partir de seis meses de vida, continua sendo fundamental para a prevenção das formas graves da doença, evitando hospitalizações e mortes.
Neste momento, não há melhor ferramenta para a prevenção da doença e suas complicações, que uma vacinação completa de toda a população.
