Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Letra de Médico

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

Uso de fones aumenta casos de perda auditiva por exposição a ruído

Condição. antes associada apenas a ambientes de trabalho barulhentos, agora afeta maior número de indivíduos que fazem mau uso dos fones de ouvido

Por Nathália Prudencio*
1 nov 2024, 10h00

A perda auditiva induzida por ruído é uma condição geralmente relacionada a determinadas atividades profissionais. No entanto, vem aumentando sua incidência além do contexto do trabalho. Por quê? Devido ao uso prolongado e inadequado de fones de ouvido.

Quem utiliza esses dispositivos principalmente com volume elevado ou está exposto a um ambiente sonoro intenso, a exemplo de casas de shows, está mais predisposto a ter um déficit auditivo.

A condição é caracterizada pela diminuição gradual da acuidade auditiva como resultado da exposição prolongada a níveis elevados de ruído. Gamers, corredores e todas as pessoas que usam fone de ouvido com frequência e em alto volume podem apresentar maior risco de desenvolver a doença.

É importante destacar que nem sempre a perda da audição é abrupta. Na realidade, muitas vezes o comprometimento começa muito antes de o indivíduo se dar conta de que está ouvindo menos ou percebendo os sons com menos precisão. Estimativas mostram que 35% dos casos de perda auditiva no Brasil originam-se da alta exposição a ruídos.

Ainda que o quadro seja causado geralmente pela exposição crônica a níveis elevados de ruído, um contato menos frequente com sons muito altos e  abruptos também pode levar a essa condição.

Continua após a publicidade

Nesse tipo de perda auditiva, a condução do som acontece de forma desimpedida entre o ambiente e o ouvido, porém as células sensoriais da cóclea, no ouvido interno, são lesionadas e não conseguem mais desempenhar suas funções adequadamente.

A cóclea é uma estrutura em forma de espiral que converte as vibrações sonoras em sinais elétricos, enviados ao cérebro pelo nervo auditivo. Isso é possível graças às células sensoriais ciliadas que revestem o interior da cóclea e detectam as vibrações.

Só que a exposição prolongada a ruídos altos danifica as células ciliadas da cóclea, gerando danos que levam à perda auditiva gradual e irreversível, principalmente nas frequências mais agudas. À medida que o tempo passa e a exposição ao ruído continua, a perda pode se expandir para outras frequências, afetando de forma global a acuidade auditiva.

Continua após a publicidade

A perda auditiva induzida por ruído tende a se manifestar de forma bilateral. Os principais sinais de alerta são: dificuldade para ouvir uma conversa (muitas vezes sendo necessário pedir ao interlocutor que repita o que disse) e necessidade de aumentar ao máximo o volume da televisão, do áudio do celular ou dos aparelhos de som quando está ouvindo música, por exemplo.

Ainda não tem cura. A prevenção ainda é a principal medida para lidar com ela. Em shows e baladas, é importante manter uma distância segura das caixas de som. Quanto aos fones de ouvido, o volume não deve ser alto e é importante escolher modelos que sejam mais confortáveis.

Se a diminuição da acuidade auditiva já é uma realidade, a interrupção ou redução da exposição ao ruído deve acontecer para impedir a progressão e piora do problema, que repercute na qualidade de vida. Nesses casos, o acompanhamento com especialista e o uso de aparelhos auditivos podem ser bem-vindos.

Continua após a publicidade

* Nathália Prudencio é otorrinolaringologista, médica especialista em tontura e zumbido e mestre em otoneurologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.