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Plástica no nariz no Brasil: como respeitar a identidade étnica e cultural

Estudo traz uma visão das rinoplastias feitas no país e descreve as características do nariz brasileiro - um desafio para alcançar um resultado natural 

Por Paolo Rubez*
Atualizado em 20 dez 2024, 08h56 - Publicado em 20 dez 2024, 08h53

O Brasil é o país número 1 em rinoplastia no mundo, segundo os últimos dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Mas a pluralidade étnica no país dá ao nariz do brasileiro uma composição distinta, o que torna o procedimento ainda mais desafiador para esses pacientes. O termo ‘rinoplastia étnica no Brasil’ é tema inclusive de um estudo publicado pelo Aesthetic Plastic Surgery, periódico da ISAPS.

Nessa cirurgia, cada paciente deve ter sua anatomia examinada cuidadosamente em uma base individual, pois não há uma estratégia única que funcione para todas as situações.

Através da rinoplastia, é possível corrigir assimetrias, reduzir ou aumentar o tamanho do nariz, afiná-lo e melhorar a proporção facial como um todo. Essas mudanças estéticas devem respeitar a identidade cultural e étnica do paciente.

Um nariz que pode ser considerado ideal em uma cultura pode não ser visto da mesma maneira em outra.

O novo estudo aponta que as principais características anatômicas do nariz brasileiro são: o dorso baixo, ossos nasais largos, pele grossa e ponta bulbosa. Muitas vezes, osteotomias laterais (correção de mal alinhamento do osso), enxerto de raiz e tratamento com isotretinoína para espessura da pele são necessários.

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O perfil nasal ideal varia entre gerações e etnias, com a Geração Z e a geração Y preferindo narizes mais longos com pontas menos rotacionadas. Esta preferência por narizes mais fortes destaca uma mudança social e uma evolução do padrão de beleza ao longo das gerações, com foco num perfil de aparência mais natural.

O debate sobre o assunto é importante, pois nada pode ser feito para corrigir o arrependimento. É importante que o médico entenda não apenas as preferências estéticas do paciente, mas também reconheça o contexto cultural que informa essas preferências.

Os cirurgiões plásticos têm a responsabilidade ética de garantir que os pacientes estejam plenamente informados sobre os possíveis resultados da rinoplastia, levando em conta não apenas as considerações estéticas, mas também as implicações culturais e psicológicas do procedimento.

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A rinoplastia, quando realizada com sensibilidade e domínio técnico, pode ser uma ferramenta poderosa para fortalecer a autoestima e a confiança dos pacientes, permitindo-lhes sentir-se mais autênticos consigo mesmos.

No entanto, quando a identidade cultural não é levada em consideração, existe o risco de que o procedimento possa resultar em desconforto e insatisfação. Portanto, é fundamental buscar um cirurgião com histórico comprovado de resultados positivos e uma compreensão aprofundada das técnicas mais recentes.

* Paolo Rubez é cirurgião plástico, mestre pela Unifesp e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS) e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS)

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