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Os problemas sexuais da menopausa — e como enfrentá-los bem

Com o aumento da sobrevida, nós, mulheres, temos a expectativa de viver um terço de nossa vida na pós- menopausa, privadas da produção fisiológica de hormônios sexuais, o que acarreta mudanças em vários aspectos: físico, orgânico, psicológico – e na sexualidade. A compreensão sobre a saúde sexual nessa fase significa um passo importante para manter […]

Por Marianne Pinotti
Atualizado em 30 jul 2020, 21h09 - Publicado em 6 dez 2016, 12h38

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Com o aumento da sobrevida, nós, mulheres, temos a expectativa de viver um terço de nossa vida na pós- menopausa, privadas da produção fisiológica de hormônios sexuais, o que acarreta mudanças em vários aspectos: físico, orgânico, psicológico – e na sexualidade. A compreensão sobre a saúde sexual nessa fase significa um passo importante para manter a qualidade de vida.
Embora a maioria das mulheres experimente algumas mudanças na função sexual à medida que amadurece, a menopausa e o envelhecimento certamente não sinalizam o fim da vida sexual de uma mulher.
Diferenças culturais devem ser observadas e consideradas. Cito como exemplo um estudo que comparou presença e intensidade de sintomas da menopausa em mulheres americanas, simplesmente versus descendentes de índios maias e concluiu que estas praticamente não sentem alterações e são valorizadas e homenageadas como sábias em sua comunidade, encontrando por isso razões para uma vida plena e feliz.

Sem pensar em reprodução efetivamente, a sexualidade no ser humano desperta prazer e afetividade; tanto homens como mulheres sentem-se valorizados quando seu desejo se encontra em atividade, em qualquer fase da vida. Temos hoje conhecimento suficiente e recursos de tratamento disponíveis para ajudar as mulheres a se adaptarem a essas mudanças; no entanto, muitos profissionais de saúde não abordam as questões da esfera sexual, que fazem parte da saúde feminina em qualquer idade. Um recente estudo americano analisou especificamente se, e como as mulheres procuram ajuda de profissionais para seus problemas sexuais. Envolvendo mais de 3000 mulheres em diferentes idades com queixas preocupantes de desejo sexual, excitação e / ou orgasmo, o estudo evidenciou que apenas um terço dessas mulheres procurou ajuda profissional para seu problema sexual; outro dado importante é que dessa parcela, em 80% dos casos, foi a mulher, e não o médico, que iniciou a discussão sobre o problema. Embora não haja dados brasileiros sobre esse tema, nossos números podem ser parecidos ou piores, é certo que as mulheres brasileiras não têm sua saúde sexual tratada de forma adequada pelos sistemas de saúde.

Os sintomas mais comuns são dificuldades nas fases de desejo, excitação, problemas para atingir orgasmo, ressecamento vaginal e dor à penetração causados pela atrofia. Questões importantes também se referem ao parceiro que, especialmente no que se refere à problemas de manutenção da ereção e controle da ejaculação.

Além das questões diretamente relacionadas à sexualidade, outras devem ser analisadas e corrigidas pois comprometem a qualidade de vida, tais como incontinência urinária, ondas de calor, doenças crônicas, insônia, fadiga, alterações de humor, autoestima baixa, síndrome do “ninho vazio”, problemas de relacionamento conjugal etc.
Embora muito incômodos, os problemas sexuais durante a menopausa têm solução, e há várias estratégias e tratamentos para superá-los, que incluem desde exercícios físicos diários e alimentação saudável, medidas de ajuda para melhor entendimento dessa fase da vida, aconselhamento sexual com ou sem seu parceiro.

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O tratamento hormonal como recurso terapêutico viável retoma seu crescimento, após pouco mais de uma década da publicaçāo de famoso estudo americano, o WHI, que demonstrou riscos para seu uso. Na atualidade os hormônios podem ser utilizados em baixas doses, por menor tempo. Existem produtos bioidênticos derivados do estrógeno, progesterona e testosterona, respeitando as contraindicações (trombose, epilepsia, câncer, hormônio dependente, hepatopatias).
Os hormônios podem ser usados por várias vias — oral, transdérmica, injetável, por implante subcutâneo e dispositivos intrauterinos. É importante também a reposição tópica por meio do uso de cremes vaginais com hormônios.

Por fim, hoje podemos contar com procedimentos como o laser e a radiofrequência, que induzem a produção de colágeno na vulva e vagina devolvendo elasticidade, lubrificação e proteção local.
O importante é que as mulheres na fase do climatério estejam cientes sobre as mudanças e soluções possíveis. Consulte seu médico, pois essa é mais uma fase importante da vida que merece ser vivida com plenitude.

Dra. Marianne Pinotti

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