Os novos métodos de treinamento – e quanto eles são de fato eficazes
Q48, crossfit, HIIT, HCM-4, pirâmide, super set, drop set, pré-exaustão, etc., etc., etc. Por que tantos métodos de treinamento? De tempos em tempos surge um nova e revolucionária técnica e uma antiga questão talvez possa explicar o porquê do surgimento desses métodos. Musculação: antes ou depois da corrida? Essa é uma dúvida muito frequente e […]

Q48, crossfit, HIIT, HCM-4, pirâmide, super set, drop set, pré-exaustão, etc., etc., etc. Por que tantos métodos de treinamento?
De tempos em tempos surge um nova e revolucionária técnica e uma antiga questão talvez possa explicar o porquê do surgimento desses métodos.
Musculação: antes ou depois da corrida?
Essa é uma dúvida muito frequente e a resposta é: depende. Depende do tipo de treinamento de musculação e da corrida que você vai realizar.
Se a musculação for pesada, com foco em potência ou força máxima, o trabalho aeróbico é muito útil após a musculação. Isso porque, durante a malhação, o carboidrato é utilizado como principal combustível para a produção de energia, o que causa a formação de metabólitos, em especial o ácido lático. A corrida subsequente à musculação deve ser mais leve, queimando gorduras como principal substrato; além de melhorar a capacidade cardiorrespiratória, vai facilitar a remoção dos metabólitos e ajudar na recuperação.
Quando a corrida for muito pesada, como tiros de velocidade ou intervalados de alta intensidade, a musculação seguinte deve ser mais leve. Ocorre exatamente o descrito anteriormente, mas agora com a inversão dos estímulos: a corrida passa a utilizar carboidratos e produzir metabólitos e a musculação, a funcionar como estímulo reparador.
Se o trabalho de musculação for voltado para o ganho de resistência muscular localizada, ele se torna muito próximo de uma atividade aeróbica. Nesse caso, talvez não faça muita diferença se você correr antes ou depois da musculação.
Combine as atividades. Algumas estratégias de treino podem até mesclar as duas práticas. Você pode fazer, por exemplo, três exercícios de musculação e depois ir para a esteira (ou para a bike) e ficar ali cinco, seis, sete minutos. Depois, executar mais três exercícios de força e um aeróbio e assim por diante, ou seja, pode-se montar um circuito em que as estações se alternam entre exercícios localizados e dinâmicos.
A quantificação da sobrecarga ainda pode ser estabelecida por tempo. Quanto mais tempo na máquina, menor a carga e vice-versa. Pode-se variar no dia a dia contemplando todas as variáveis — resistência, potência e força. O treinamento fica mais dinâmico, talvez mais motivador e, como já sabemos, a diversificação dos estímulos é sempre bem-vinda.
A ideia básica é utilizar os estímulos de forma proativa, de modo a que um potencialize o efeito do outro, que a sobrecarga geral não provoque lesões e que o organismo seja capaz de se recuperar e ficar melhor do que estava anteriormente, é a chamada supercompensação.
A metodologia do treinamento é sem dúvida extremamente complexa e por isso mesmo não há uma fórmula mágica infalível.
Essa é a razão para o surgimento dos mais variados programas de treinamento. Assim como no caso das dietas, mensalmente é descoberta uma “fórmula mágica” que logo é substituída por outra no mês seguinte.
Em 1930, os alemães, Woldemar Gerschler, fisiologista e o Herbert Reindel, cardiologista, criaram o primeiro desses métodos, denominado de Interval Training. O método consistia em submeter o atleta a um esforço (correr 100, 200, 300 ou 400 metros) até que sua frequência cardíaca atingisse 180 bpm, seguido de um período de descanso, até que ela retornasse a 120 bpm. Em 21 dias o coração dos treinados aumentou 20% sua capacidade de bombeamento. O nome Interval foi dado por esse efeito ocorrer exatamente na fase de descanso, no intervalo.
Logo em seguida, em 1937, Gösta Holmér, técnico de atletismo sueco, criou o Fartlek, que tinha as mesmas características do Interval Training, mas com a diferença de que o período de descanso era ativo, ou seja, havia alternância entre estímulos fortes e fracos.
Desde então, inúmeros métodos vêm sendo propostos. Esses programas entram em moda, atraem novos participantes, estimulam relações sociais, impulsionam a indústria, geram empregos, são motivadores e logo depois são substituídos por outros.
O interessante é que todos podem funcionar, mas estão longe de ser novidade.
Funcionam porque a base fisiológica é a mesma e, quando respeitada, faz com que o organismo crie adaptações ideais, fique melhor e mais saudável.
Existem várias maneiras de estimular o corpo, de exigir que ele crie ajustes e posteriormente adaptações.
“A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o movimento e o exercício físico metódico a salvam e a preservam.” Hipócrates – pai da medicina (460 a.C. – 370 a.C.)
“Para o homem se manter sadio, não basta se alimentar, mas também praticar algum tipo de movimento.” Platão – filósofo grego (427 a.C. – 347 a.C.).
O importante é adaptar a atividade física ao indivíduo e não o contrário.
Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
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Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
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Fernando Maluf, oncologista
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